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Terras indígenas concentram 19% de toda a vegetação nativa do país, aponta MapBiomas

Pesquisa afirma que somente 1% da perda de vegetação nativa das últimas três décadas ocorreu nessas áreas protegidas

Por Da Redação
Ás

Terras indígenas concentram 19% de toda a vegetação nativa do país, aponta MapBiomas

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Uma análise conduzida pelo MapBiomas, divulgada na quinta-feira (31), aponta que as terras indígenas abrangem 13% do território nacional, mas concentram 19% de toda a vegetação nativa do país. Além disso, somente 1% da perda de vegetação nativa das últimas três décadas ocorreu nessas áreas protegidas.

O Pantanal, um dos biomas mais emblemáticos do Brasil, apresenta dados intrigantes sobre a transformação de seus campos alagados. Se em 1985 o bioma tinha 47% de suas áreas cobertas por água e campos alagados, em 2018, durante a última cheia, esse percentual diminuiu para 36%, chegando a 12% em 2022.

A análise ressalta a intensa transformação que o território brasileiro vivencia e os impactos resultantes em diversos aspectos fundamentais para o bem-estar. A interação entre essas mudanças e temas cruciais como emissões de gases de efeito estufa, conservação da biodiversidade e padrões de chuva ganha evidência.

No âmbito estadual, observa-se que 25 estados brasileiros experienciaram perda de vegetação nativa entre 1985 e 2022. São Paulo é o único estado que manteve uma área estável, enquanto o Rio de Janeiro apresentou um pequeno aumento (de 31% para 32%) na cobertura de vegetação nativa.

Quanto à distribuição estadual, os estados de Amapá e Amazonas lideram com a maior proporção de vegetação nativa, atingindo 95% de seus territórios, seguidos por Roraima, com 93%. Por outro lado, Sergipe (16%), Alagoas (20%) e São Paulo (21%) têm as menores proporções de vegetação nativa.

No que diz respeito à ocupação de atividades agrícolas e pecuárias, Paraná e Rio Grande do Sul se destacam com 39% e 36% de suas áreas ocupadas por agricultura, respectivamente. Sergipe (62%) e Alagoas (52%) apresentam as maiores proporções de pastagens em seus territórios.

A dinâmica também é evidente nos municípios, onde 602 saíram da condição de predominância de vegetação nativa entre 1985 e 2022, agora totalizando 36% deles nessa categoria. A agropecuária ganha destaque em 37% dos municípios brasileiros como principal uso da terra.

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