Em áudio, traficante revela que “diálogo” era mais fácil em gestões anteriores
Tesoureiro do PCC afirma que "as regras estão mais duras" com Sérgio Moro e Bolsonaro
Foto: Reprodução/JR
Em gravações obtidas com autorização da justiça, o tesoureiro nacional da facção criminosa PCC, Alexsandro Pereira, conhecido como Elias, afirma que com a chegada de Jair Bolsonaro ao governo federal e Sérgio Moro como Ministério da Justiça, acabou a “moleza”. Afirma, ainda, que na época do PT havia “diálogo”.
No áudio, Elias fala sobre a dificuldade de dar seguimento aos esquemas e cita Sergio Moro como um dos principais motivos. "Esse Moro aí, mano, ele vem pra atrasar".
Ele afirma também que não existirá dialogo com o novo governo. "Se vocês estavam tendo diálogos com outros... que estavam na linha de frente, com nós já não vai ter diálogo, não" afirmou. Em determinado momento, o traficante sugere que, em gestões do PT, o crime organizado tinha "diálogo" governos, sem deixa claro em qual esfera - municipal, estadual ou federal. "Pra você ver que o PT com nós tinha diálogo".
A investigação foi realizada pelo Ministério Publico do Paraná e revelou que a maior facção criminosa do país "sentiu o golpe" depois que seus líderes foram transferidos para presídios federais no inicio do ano, segundo noticiou na noite desta sexta-feira (9) o Jornal da Record.
Em nota, o PT afirma que o áudio é “armação”, no entendimento do partido, “como tantas outras forjadas contra” a legenda.