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Três meses após morte de Lázaro Barbosa, fazendeiro ainda é o único investigado

Elmi Caetano foi preso, denunciado e é réu no processo do serial killer de Goiás

Por Da Redação
Ás

Três meses após morte de Lázaro Barbosa, fazendeiro ainda é o único investigado

Foto: Reprodução

A promotora responsável pelo caso Lázaro Barbosa de Sousa, morto há três meses durante um confronto com a polícia em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, disse ao jornal O Globo que o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista segue como o único investigado pelo Ministério Público por ajudar o serial killer. Ele foi preso, denunciado e é réu no processo.

De acordo com Gabriela Sterling Jorge Vieira de Mello, a Promotoria de Justiça de Cocalzinho de Goiás não recebeu informações sobre a apuração em andamento. Além disso, ela afirma que a contratação do criminoso por parte de um grupo de fazendeiros pode  ser parte de uma estratégia para a redução de preços de propriedades na região. A promotora disse, ainda, que não há indícios de que os crimes praticados por Lázaro estivessem interligados e que o dinheiro achado com ele no dia da morte, cerca de R$ 4,4 mil em espécie, pode ter sido obtido com a venda de armas. 

“Não houve conclusão no sentido de que os crimes estivessem interligados ou se foram ações aleatórias. Os inquéritos foram arquivados pela extinção da punibilidade em razão do óbito. Não houve uma conclusão global das ações, pois ainda podem existir inquéritos em tramitação nas delegacias de Polícia Civil”, afirmou.

Ainda durante a entrevista, Gabriela Sterling disse que, após a morte de Lázaro, nenhuma outra vítima do criminoso se apressou. “Chegaram inquéritos anteriores ao período em que Lázaro estava foragido. Estes inquéritos não dizem respeito a crimes sexuais, mas crimes dolosos (quando há intenção) contra a vida. Estes inquéritos serão remetidos para as promotorias das comarcas onde eles ocorreram”, disse.

Enquanto a promotoria afirma não ter recebido informações sobre investigações apontando para o envolvimento de Lázaro com mais fazendeiros, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou, em entrevista ao jornal, acreditar que o criminoso tinha uma rede de proteção. Apesar disso, segundo Miranda, é importante lembrar que os requintes de crueldade com os quais Lázaro praticava seus crimes eram uma característica dele: “O perfil dele é o de um psicopata. Disso não há dúvida”, afirmou.

O secretário frisou ainda que não foi descartada a hipótese de Lázaro ter agido com algum parceiro. Em um dos crimes praticados por ele, um estupro em Cêilândia, em 2009, o criminoso estava junto com o irmão, Deusdete, morto há cinco anos. Ainda de acordo com Rodney Miranda, Lázaro praticava rituais macabros. Além disso, o criminoso costumava sair nos fins de tarde para comprar drogas. Foi essa movimentação regular do bandido que fez com que o cerco começasse a se apertar.

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