Tribunal Penal Internacional pede mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra
Líderes do Hamas também tiveram pedidos de mandado de prisão emitidos pelo Tribunal
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O procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Kahn, solicitou a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.
Além de Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, bem como líderes do Hamas, dentre eles Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh, também tiveram pedidos de mandado de prisão emitidos pelo Tribunal.
De acordo com Kahn, os israelenses são acusados de "causar extermínio, provocar fome como método de guerra, incluindo a negação de suprimentos de ajuda humanitária, visando deliberadamente civis em conflito".
"Com base nas provas recolhidas e examinadas pelo meu Gabinete, tenho motivos razoáveis para acreditar que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, e Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, têm responsabilidade criminal por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos no território do Estado da Palestina (na Faixa de Gaza) a partir de, pelo menos, 8 de outubro de 2023", afirmou o TPI.
Enquanto isso, os integrantes do Hamas receberam acusações de extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e agressão sexual durante a detenção.
Mortos
No total, mais de 1,2 mil israelenses, civis e militares, foram mortos pelo ataque do Hamas em 7 de outubro. Além disso, 253 pessoas viraram reféns naquele dia. Israel aponta que 130 ainda são reféns, ao menos 34 estão mortos.
Em resposta, Israel invadiu o território da Faixa de Gaza. A ofensiva deixou 33 mil civis mortos.