Trio denunciado por hostilizar Moraes em Roma quer dados do aeroporto de Roma
Advogado afirmou que é preciso ter acesso a todos os matérias antes de apresentar a resposta à acusação
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
A defesa do trio denunciado por hostilizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes convocou à Corte nesta quinta-feira (1) para cópia das imagens do aeroporto de Roma, na Itália, que registraram o caso e foram incluídas no processo.
O advogado também pediu dados que tenham sido identificados no celular apreendido de um dos envolvidos na confusão. O pedido foi enviado ao ministro Dias Toffoli, relator do inquérito no Supremo.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o empresário Roberto Mantovani Filho, sua esposa, Andréia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta no dia 16 de julho. Todos foram acusados dos crimes de calúnia e injúria. O primeiro também vai responder por injúria real (com violência).
Já o advogado, que representa o trio, Ralph Tórtima, afirma que é preciso ter acesso às imagens e demais elementos registrados na investigação, antes de apresentar a resposta à denúncia. Ele argumentou que os vídeos da câmeras ficaram “acauteladas em Cartório, ‘trancadas a sete chaves’”.
“A defesa necessariamente precisa, agora nessa nova fase, ter conhecimento da íntegra dos autos, inclusive com a possibilidade de disposição e manipulação da mídia com as imagens do aeroporto, sem o que fica inviabilizado qualquer trabalho defensivo”, comentou.
“Sem o acesso integral à principal prova, não há como ser realizada a defesa dos denunciados, por muito evidente”.
Tórtima também disse que a denúncia foi apresentada pela PGR sem que o órgão tivesse tido acesso às imagens.
O caso
O episódio ocorreu em julho do ano passado, quando Moraes e a família foram hostilizados o grupo de Mantovani xingou o ministro e o acusou de fraudar as eleições. Já a denúncia contra o trio foi assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. A Polícia Federal (PF) havia indiciado o grupo em junho.
A PF, que analisou as imagens das câmeras de segurança do aeroporto, afirmou que Mantovani e sua família “agrediram e ofenderam” Moraes e seu filho, Alexandre Barci de Moraes, “por razões completamente injustificáveis”. A denúncia da PGR será julgada pelo Supremo em data ainda ser definida – a Corte decidirá se os acusados devem ou não se tornar réus. Nesse caso, será aberta uma ação penal para aprofundamento das investigações.