Trocou seis por meia dúzia
Confira nosso editorial deste sábado (6)
Foto: Secom
Assim como em todo o Brasil, a Bahia passa longe de condições para permitir o retorno às aulas presenciais a curto prazo. Esta semana, o governador Rui Costa anunciou mais uma renovação do decreto que impõe suspensão das aulas no estado.
Como se diz no popular, trocou seis por meia dúzia: adiou a volta, prevista para 2 de junho, para 21 de junho. Parece que a conta do chefe do Executivo baiano estima uma virada de jogo impressionante e ligeira contra a Covid-19 em questão de 20 dias – o país inteiro sabe que não.
Existe uma expectativa universal, sem dúvida, para que a curva do contágio e o número de óbitos decorrentes da doença entrem em queda. É o cenário que a população mundial vislumbra para a tão deseja volta à normalidade, caso isso ainda seja possível.
Analisar dados epidemiológicos antes de qualquer decisão é o ponto de partida antes de qualquer decisão de liberar a volta de crianças e adolescentes às escolas, e tudo antes de uma comprovada melhora de índices, não passa de especulação ou anseios, tanto da rede pública como privada da Bahia.
A volta às aulas deve levar em consideração a preservação das vidas, ou seja, a reabertura das escolas precisa estar em consonância com as análises e recomendações dos cientistas que estão monitorando a pandemia no Brasil e no mundo, e nada disso diz respeito ao mês de junho, como sugere a decisão do governador em possibilitar um retorno já dia 21.