"Trump devia usar a Lei Magnitsky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza", afirma Gleisi
Em publicação no X, nesta quinta-feira (31), ministra de Relações Institucionais saiu em defesa da Suprema Corte

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), voltou a criticar a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (31). Além disso, ela afirmou que o presidente Donald Trump deveria utilizar a Lei Magnitsky contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo "massacre desumano em Gaza".
"Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitsky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza", escreveu Gleisi, em uma publicação no X (antigo Twitter).
Reprodução X
A Lei Magnitsky, aplicada contra Moraes na quarta-feira (30), proíbe a utilização de cartões de crédito com bandeiras que operam nos Estados Unidos e a posse de contas bancárias nos EUA. Considerada como "pena de morte financeira", a lei é voltada a punir pessoas e instituições acusadas de violar direitos humanos.
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Gleisi também saiu em defesa da Suprema Corte, citando a ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado por uma suposta tentativa de golpe de Estado, um dos motivos citados por Trump para as sanções contra Moraes e para as taxas de 50% contra produtos brasileiros.
"Aqui no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes é relator de uma ação penal contra Jair Bolsonaro, que tramou um golpe de estado para implantar a ditadura. O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento. É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump, nem Bolsonaro querem aceitar, porque a extrema-direita não convive com a democracia", concluiu a ministra.
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