• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Trump diz que já tomou uma decisão sobre a Venezuela, mas não anuncia qual

Trump diz que já tomou uma decisão sobre a Venezuela, mas não anuncia qual

O republicano não disse qual foi a escolha, mas afirmou que ela poderá ser anunciada em breve

Por FolhaPress
Às

Trump diz que já tomou uma decisão sobre a Venezuela, mas não anuncia qual

Foto: Alan Santos /PR

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira (14) que já tomou uma decisão sobre uma possível ação militar contra a Venezuela, país acusado por ele de ter ligações com o narcotráfico.

O republicano não disse qual foi a escolha, mas afirmou que ela poderá ser anunciada em breve. "Não posso dizer qual seria a decisão, mas já me decidi", disse a repórteres a bordo do Air Force One, o avião presidencial.

Altos funcionários do governo Trump fizeram três reuniões na Casa Branca esta semana para discutir opções relacionadas a possíveis operações militares na Venezuela, disseram autoridades na sexta, após os EUA ampliarem a presença militar na região do Caribe.

Trump determinou o envio de aeronaves F-35, navios de guerra e um submarino nuclear para a região como parte de reforço militar após dois meses de ataques contra embarcações na costa venezuelana.

No início desta semana, o grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford entrou na região da América Latina com mais de 75 aeronaves militares e cerca de 5.000 soldados.

Quatro autoridades americanas e uma pessoa familiarizada com o assunto, sob condição de anonimato, afirmaram que reuniões de um conselho relacionado à segurança do governo Trump ocorreram nesta semana.

O grupo assessora o presidente e normalmente é presidido por Stephen Miller, conselheiro de segurança interna de Trump.

Uma das autoridades disse que um pequeno grupo se reuniu na quarta (12). Uma reunião muito maior com a presença do vice-presidente J.D. Vance, Miller, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Dan Caine, teria ocorrido na quinta (13).

Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que Trump participou da reunião de quinta, na chamada Sala de Situação, e foi informado sobre diversas opções. Procurada pela agência de notícias Reuters, a Casa Branca não respondeu a pedidos de comentário.

A Reuters também não conseguiu determinar quais opções foram apresentadas, mas Trump já insinuou a possibilidade de ataques terrestres à Venezuela. Ele também afirmou, em outras ocasiões, que não busca mudar o regime venezuelano.

Por sua vez, o ditador Nicolás Maduro, no poder desde 2013, afirmou que Trump tenta destituí-lo.

Em agosto, Washington dobrou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, acusando-o de ligações com o narcotráfico e grupos criminosos.

Até o momento, as forças militares dos EUA na região fizeram operações contra embarcações que supostamente eram usadas para o tráfico de drogas. O Pentágono determinou ao menos 20 ataques do tipo nas águas internacionais do Caribe e do Pacífico, e ao menos 80 pessoas foram mortas.

Parlamentares democratas e especialistas jurídicos questionaram a legalidade dessas ações, e alguns aliados europeus criticaram os bombardeios.

Uma investigação da Reuters revelou que as Forças Armadas dos EUA estão modernizando uma antiga base naval da Guerra Fria, há muito abandonada, no Caribe, o que sugere preparativos para operações prolongadas que poderiam apoiar possíveis ações dentro da Venezuela.

Já Caracas vem mobilizando armamentos, incluindo equipamentos russos com décadas de existência, e planeja organizar uma resistência no estilo guerrilha ou semear o caos em caso de um ataque aéreo ou terrestre dos EUA.

A ideia de uma ação militar dentro do país latino-americano é impopular entre os eleitores nos EUA. Pesquisa Reuters/Ipsos publicada na sexta constatou que apenas 35% dos entrevistados disseram apoiar o uso da força militar na Venezuela para reduzir o fluxo de drogas aos EUA sem a permissão do regime venezuelano.

As tensões entre os EUA e a Colômbia, vizinha da Venezuela, também aumentaram nas últimas semanas, com Trump e o presidente colombiano, Gustavo Petro, trocando acusações.

Trump chamou Petro de "líder do narcotráfico" e impôs sanções contra ele. O presidente colombiano de esquerda, por sua vez, acusou os EUA de cometerem assassinato com seus ataques.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário