Trump invoca lei de guerra para combater o coronavírus
Ele comparou a situação com a 2ª Guerra Mundial
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (18) ao lado da força-tarefa da Casa Branca do combate ao novo coronavírus, que a pandemia é sem precedentes, referindo-se a si mesmo como um "presidente de tempos de guerra", e comparou o cenário à Segunda Guerra Mundial.
Trump afirmou ainda que invocará a Lei de Produção de Defesa com o objetivo de acelerar a produção de máscaras, luvas e equipamentos hospitalares no país, que tem casos da doença nos 50 estados.
A lei extraordinária foi criada em 1950, durante a Guerra da Coreia, buscando aumentar a mobilização civil e militar. Ela autoriza o presidente a estabelecer mecanismos para alocar materiais, serviços e organizações para promover a defesa nacional, obrigando empresas a firmarem contratos com esta finalidade.
“Toda geração de americanos foi convocada a fazer sacrifícios para o bem da nação”, destacou Trump comparando a crise com a Segunda Guerra Mundial. “Nós vamos derrotar o inimigo invisível, será uma vitória total”, acrescentou.
Segundo o vice-presidente Mike Pence, a capacidade de testes para detectar o Sars-CoV-2 vem tendo aumento diário "na casa dos milhares" — o número limitado vem sendo alvo de críticas nacionais e internacionais. Ele reiterou que não devem ser realizados testes em massa, diferentemente do que foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Trump afirmou que o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) está trabalhando para determinar se um autoteste de saliva seria eficiente para diagnosticar o vírus — algo que ele classificou como "muito mais agradável" que o exame de sangue a que foi submetido e testou negativo.