Trump pede que Senado interrogue Obama sobre teoria da conspiração
Presidente disse que Obama e "Estado Profundo" atuavam em paralelo para arruinar a presidência
Foto: Win McNamee/Getty Images
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou na última quinta-feira (14), ao Senado, que investigue o antecessor, Barack Obama, sobre uma suposta teoria da conspiração que, segundo o republicano, movimenta uma perseguição dos opositores democratas.
Trump para se manter no cargo de presidente, a seis meses das eleições, interrompeu uma regra em Washington, que determinou que presidentes e ex-presidentes evitassem confrontos públicos e pediu a Obama que declarasse sobre o que causou "Obamagate".
Sobre o "Obamagate", que faz alusão ao escândalo de Watergate que levou o republicano Richard Nixon a renunciar à Casa Branca em 1974, baseia-se no fato de que o governo Obama e um "Estado Profundo" atuavam em paralelo para arruinar a presidência de Trump a partir de investigações de seus contatos com entidades russas.
Na conta particular no twitter, Trump postou: "Apenas faça", dirigindo-se à senadora Lindsey Graham, uma das aliadas republicanas mais leais, que preside a comissão judicial do Senado.
"A primeira pessoa que eu chamaria para testemunhar sobre o maior crime e escândalo político da história dos EUA, DE LONGE, é o ex-presidente Obama", disse Trump.
Em resposta, o ex-presidente Obama escreveu: "Votem".
A senadora Graham jogou um balde de água fria sobre a ideia de Trump, declarando ao site de notícias políticas: "Não acho que esteja na hora de fazer isso. Não sei se isso é possível".
Trump, no entanto, vai continuar a defender a ideia de "Obamagate", enquanto tenta entusiasmar a base de direita antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.
Estão na mira de Trump, o vice-presidente de Obama, Joe Biden, seu provável rival democrata em novembro.
Graham expressa preocupação e afirmou que "o precedente que seria causado após um ex-presidente ser interrogado" no Senado, mas promete realizar audiências para discutir uma investigação sobre Rússia e Trump.