TSE determina exclusão de vídeo em que Roberto Jefferson ofende Cármen Lúcia
Ex-deputado disparou uma série de xingamentos contra a ministra devido a um voto proferido na Corte
Foto: Valter Campanato|Antônio Cruz/Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta segunda-feira (24), a exclusão do vídeo em que o ex-deputado federal Roberto Jefferson dispara uma série de ofensas contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na publicação, feita pela filha de Roberto, Cristiane Brasil (PTB), o ex-deputado critica um voto da ministra em relação ao conteúdo da Jovem Pan e a chama de "bruxa de blair" e "Cármen Lúcifer", além de compara-la a "prostitutas" e "vagabundas".
No pedido enviado ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, sustenta que, ao criticar a ministra por voto proferido em julgamento na Corte Eleitoral, Jefferson "usa das mais torpes expressões e se vale de inconcebíveis ofensas à magistrada". Segundo Gonet, as declarações não são sinônimos de críticas democráticas à decisão do Supremo.
Roberto Jefferson cumpria, até ontem (23), prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica por suspeita de crimes contra a democracia. Devido ao descumprimento de medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, o ex-deputado virou alvo de mandado, mas resistiu à prisão, chegando a atirar contra policiais federais que foram até a sua casa.
O ex-congressista se entregou por volta das 19 horas e foi encaminhado para a superintendência da corporação no Rio de Janeiro. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio contra agentes.