TSE determina que vídeos em que Lula chama Bolsonaro de 'genocida' sejam excluídos
Pedido de exclusão, no Youtube, foi feito pelo Partido Liberal, sigla do mandatário brasileiro
Foto: Reprodução/YouTube
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, na noite de quarta-feira (10), a exclusão de vídeos publicados no YouTube em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de genocida. As declarações foram feitas por Lula no dia 20 de julho, em agenda no Pernambuco.
A ordem é do ministro Raul Araújo, que atendeu a um pedido feito pelo Partido Liberal. A sigla informou à Justiça Eleitoral que as falas de Lula foram uma “imputação grosseira, rude e desinibida, individual e direta, de crime de genocídio” ao atual presidente. Além disso, os advogados do PL também ressaltaram que a declaração do petista esteve permeada “de robustas irregularidades éticas e jurídicas”.
No discurso de Lula, ele afirma que "o genocida" acabou com o programa Minha Casa Minha Vida e promete retomá-lo, caso seja eleito.
"A gente não imaginava o Minha Casa Minha Vida. O genocida acabou com o Minha Casa Minha Vida e prometeu Casa Verde e Amarela. Eu quero dizer pra ele que vocês vão ganhar essas eleições pra mim, e que nós vamos voltar, nós vamos voltar, e que nós vamos voltar a fazer o Minha Casa Minha Vida, mas cada um vai pintar da cor que quiser", disse Lula.
Para Araújo, foi possível detectar no discurso de Lula “aparente ofensa à honra e à imagem” de Bolsonaro, pois, de acordo com o ministro, “a conduta de imputar a determinado adversário político o atributo de genocida poderia, em tese, configurar crime de injúria ou difamação”.