TSE e a autopropaganda de integridade
Confira o editorial desta segunda (7)
Foto: Divulgação
O combate à desinformação, por diversas vezes, foi escancarado como uma das principais preocupações da gestão do ministro Edson Fachin à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Não à toa, a primeira medida como presidente do órgão, visando o período que antecede as eleições de outubro deste ano, tem a ver com o assunto: a nova Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.
É, na verdade, uma espécie de upgrade da Assessoria Especial, um conjunto de ações do Programa de Enfrentamento à Desinformação, lançado em agosto de 2019 com foco nas Eleições 2020 e que se tornou permanente em agosto de 2021.
A atuação é um tanto óbvia – e necessária: intensificar o trabalho desenvolvido desde a última eleição para que a escolha dos eleitores por meio do voto seja legítima, sem interferência das famigeradas e abomináveis fake news.
A criação da nova Assessoria também tem relação com a identificação, pelo próprio TSE, da necessidade de adoção de um marco de trabalho específico para a (re)construção da reputação positiva da Corte perante a opinião pública, que, segundo o órgão, deverá ser lançado em breve.
Neste sentido, além da defesa das instituições eleitorais, é uma forma do TSE fazer um tipo de autopropaganda, enquanto órgão íntegro à Justiça Eleitoral e confiável. Afinal, o tribunal é constantemente alvo de fake news e discursos que tentam desmoralizá-lo, infelizmente.