TSE e pesquisas eleitorais favoreceram a vitória de Lula, diz líder do governo
A declaração foi feita nesta segunda-feira (31) no Jornal da Manhã, da Jovem Pan News
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O deputado federal e líder do atual governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas), comentou, na manhã desta segunda-feira (31), os resultados eleitorais do 2º turno das eleições, realizado neste domingo (30), que consagrou o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. A declaração foi feita no Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
Segundo Barros, as decisões do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e a divulgação de pesquisas eleitorais beneficiaram a campanha petista e possibilitaram a vitória do ex-presidente.
“Um país dividido, um país com dois projetos diferentes para escolher. Portanto, muito trabalho para qualquer um que vencesse, para reunificar o país. O ex-presidente Lula deve fazer um grande agradecimento ao ministro Alexandre de Moraes e a Justiça Eleitoral, que o favoreceram grandemente na campanha. As pesquisas eleitorais equivocadas também o favoreceram grandemente na campanha. Quando a pesquisa é técnica e séria, ela acerta, quando ela tem a intenção de influenciar o eleitor de forma diversa por ordem do seu contratante ou por imperícia do instituto, ela erra, não é punida por isso mas influi no resultado da eleição”, pontuou o deputado federal.
“Nossa pesquisa mostra que 3% dos eleitores votam em quem vai ganhar, portanto essa eleição, que foi decidida por 1%, ela realmente foi influenciada por divulgação maciça de resultados de pesquisas equivocadas. Mas, é a democracia. Vamos em frente. O país vai se adaptar a este novo momento. Nós temos um projeto que vai ser apresentado ao Congresso Nacional e vai ser apreciado, naquilo que for possível, para ser implementado. A possibilidade do novo governo do ex-presidente Lula é de repetir aquela mesma linha que sempre foi a marca do seu governo, a atenção às corporações e a questão dos sindicatos. E o Congresso vai apreciar se isso é bom, ou não, para o Brasil”, analisou.
O líder do governo na Câmara não forneceu detalhes sobre como devem ser os próximos passos do presidente Bolsonaro, mas lamentou a derrota do candidato: “Eu conversei ontem com o presidente apenas para me solidarizar com ele, me colocar à disposição. Não tratei dessas questões do seu pronunciamento, ou de qualquer outra medida que ele venha tomar. Eu acredito que a reação, de um modo geral, da população é de decepção por parte dos bolsonaristas. Nós tínhamos um quadro econômico muito favorável para o Brasil, a inflação menor que Estados Unidos e Europa, crescimento econômico maior do que os Estados Unidos e a Europa e a menor taxa de desemprego dos últimos anos. Apesar da pandemia e da guerra, o ministro Paulo Guedes conduziu muito bem a nossa economia. Obviamente, em um momento de dificuldade”.