TSE esclarece sobre exoneração de ex-assessor: "práticas de assédio moral, inclusive por motivação política"
Corte acusa Alexandre Gomes de mentir à PF ao afirmar que teria comunicado sobre falhas nas inserções de propagandas
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, nesta quarta-feira (26), uma nota direcionada à imprensa a fim de esclarecer sobre a exoneração do ex-assessor Alexandre Gomes Machado, responsável pelo recebimento e disponibilização de propagandas eleitorais de rádio e TV no sistema eletrônica da Corte Eleitoral. Segundo o TSE, a exoneração do servidor foi motivada por "indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas".
De acordo com a nota, Alexandre teria mentido para a Polícia Federal ao afirmar que comunicou reiteradamente sobre as falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita. Segundo a Corte Eleitoral, o ex-assessor, ao identificar uma falha, deveria "ter comunicado imediata e formalmente ao superior hierárquico, sob pena de responsabilização".
A exoneração de Alexandre Gomes ocorreu em meio a denúncias da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que estariam sendo prejudicados nas inserções de rádio. Na última segunda-feira (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o candidato à reeleição teve 154.085 menos inserções que Lula (PT) entre os dias 7 e 14 de outubro.