TSE intima Google a disponibilizar informações para ação de Bolsonaro contra Lula
Ação do ex-presidente alega que o petista patrocinou links para que reportagens positivas aparecessem primeiro nas buscas
Foto: Prédio do TSE / Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou o Google Brasil a disponibilizar informações para auxiliar uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida por Jair Bolsonaro contra Lula, que tramita na corregedoria da corte.
Segundo o site Metrópoles, a ação do ex-presidente foi movida quatro dias depois do primeiro turno, no dia 6 de outubro de 2022. Bolsonaro alega que a campanha de Lula patrocinou links no Google para que reportagens positivas sobre sua trajetória política aparecessem em primeiro lugar nas buscas.
“Os requerentes, ao acessarem o Google, constataram que pesquisas com os termos ‘Lula condenação’, ‘Lula Sergio Moro’, ‘Lula corrupção PT’ […] trouxeram como primeiras respostas o anúncio da própria campanha dos Investigados: ‘Lula foi absolvido – A farsa da Prisão de Lula'”, alegou a equipe jurídica de Bolsonaro.
O corregedor do TSE, ministro Benedito Gonçalves, solicitou que a Google mostre, de forma técnica, qual foi o alcance dos links patrocinados pela campanha de Lula e quais palavras chaves foram relacionadas ao nome do atual presidente na propaganda. A ação também pede seja informado o valor gasto com anúncios pela campanha do petista.
A equipe de Bolsonaro afirma que a campanha de Lula gastou R$ 90 mil com os anúncios do Google Ads e que as reportagens do PT atingiram um público de 2,5 milhões de pessoas.
A campanha de Lula alega que as reportagens impulsionadas com o Google Ads cumpriram todos os requisitos de promoção de conteúdo durante a campanha, e que as reportagens do PT estão à disposição do leitor, assim como os outros conteúdos não pagos.