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TSE volta a analisar ações contra Bolsonaro por ato do Bicentenário da Independência

Processos investigam alegado desvio de finalidade em comemorações que teriam sido utilizadas para fins eleitorais

Por Da Redação
Ás

TSE volta a analisar ações contra Bolsonaro por ato do Bicentenário da Independência

Foto: Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dá continuidade nesta quinta-feira (26), a três ações que investigam a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, durante as comemorações do Bicentenário da Independência, ocorridas em 2022.

Os processos, apresentados pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e pela então candidata à Presidência, Soraya Thronicke, alegam um suposto desvio de finalidade nas celebrações, alegando que foram utilizadas como ato de campanha eleitoral pelo então candidato à reeleição. Em resposta ao TSE, em setembro do ano passado, o ex-presidente, por meio de seus advogados, negou qualquer irregularidade eleitoral durante os eventos de 7 de Setembro.

O Ministério Público Eleitoral reforçou a manifestação em defesa da inelegibilidade de Bolsonaro na última terça-feira (24). No mesmo dia, a defesa do ex-presidente argumentou que os fundamentos não têm sustentação e que não há motivo para as ações. "Não houve qualquer ilegalidade nas manifestações públicas do 7 de Setembro, cirurgicamente separadas e delimitadas dos atos oficiais, de forma que são totalmente improcedentes as imputações de abuso de poder ou uso indevido dos meios de comunicação", declarou.

Vale destacar que em junho, por 5 votos a 2, o TSE já havia determinado a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos, devido a um caso de abuso de poder político em uma reunião com embaixadores ocorrida meses antes da eleição. Com isso, Bolsonaro fica impedido de concorrer a qualquer cargo até 2030.

Em outubro, a defesa do ex-presidente recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra essa decisão. O documento, embora tenha sido endereçado ao STF, foi inicialmente protocolado no TSE. O ministro Alexandre de Moraes, presidente da corte eleitoral, será o responsável por avaliar a admissibilidade do recurso e decidir se ele será encaminhado ao Supremo.

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