Ucrânia: Zelensky afirma que invasão russa está perto do fim
Apesar da declaração, presidente da Ucrânia ressaltou que as tropas da Rússia ainda podem causar danos ao país
Foto: Future Publishing/Getty Images
Voldymyr Zelensky, presidente ucraniano, afirmou na terça-feira (29) que a invasão russa "está chegando ao fim", mas que o país não reduzirá "esforços de defesa". A declaração foi feita após a Rússia anunciar que reduzirá os ataques em Kiev e Chernihv, na rodada de negociações.
"Sim, podemos qualificar os sinais que ouvimos da plataforma de negociação como positivos. Mas esses sinais não abafam os estragos dos projéteis russos", afirmou o mandatário em sua habitual mensagem postada na última hora do dia no site da Presidência ucraniana.
"Em seu 34º dia, a invasão em grande escala da Rússia, e nossa defesa em grande escala, está chegando ao fim", destacou Zelensky.
No mesmo dia do anúncio - terça-feira (29) - o exército da Rússia iniciou a retirada de algumas tropas dos arredores de Kiev e da cidade sitiada de Chernihiv, no norte, para se concentrar na conquista do Donbass - objetivo principal da campanha militar russa na Ucrânia.
"O inimigo russo está realizando a retirada de unidades individuais dos territórios das regiões de Kiev e Chernigov", informou o Comando-Geral das Forças Armadas da Ucrânia em seu último relatório militar.
Mesmo com esse aceno positivo da Rússia sobre a guerra, Zelensky advertiu: "a vigilância não deve ser perdida. A situação não se tornou mais fácil. [...] Os militares russos ainda têm um potencial significativo para continuar os ataques contra nosso Estado", disse. Ao passo que também ressaltou que ""não reduziremos nossos esforços de defesa. Tanto no norte do nosso Estado quanto em todas as outras regiões da Ucrânia. [...] A defesa da Ucrânia é a tarefa número 1 agora".
Zelensky declarou que não vê "razão para confiar nas palavras de certos representantes de um Estado que continua a lutar pela nossa destruição". Porém,
Sobre as negociações em curso com a Rússia, disse que continuará o processo de negociação, reiterando que deve haver "segurança real" para seu país e sua soberania.
Já Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu que houve "progresso" nas negociações com a Ucrânia, durante conversa com seu homólogo francês, Emmanuel Macron. No entanto, se mostrou inflexível em sua disposição de continuar a ofensiva no leste ucraniano, segundo afirmaram fontes da Presidência da França.
"As tropas russas devem deixar os territórios ocupados. A soberania e a integridade territorial da Ucrânia devem ser garantidas. Não pode haver comprometimento da soberania e da nossa integridade territorial. E não haverá", insistiu o presidente ucraniano.