UFBA pode perder autorização para testes em animais se não cumprir lei até setembro; 400 roedores são utilizados em estudos na universidade
Universidade ainda não iniciou obras do novo biotério exigido pelas normas federais criadas há cinco anos

Foto: Divulgação/Ufba
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) tem até o dia 17 de setembro para se adequar às normas que regulamentam o uso de animais para pesquisas, estabelecidas há cinco anos.
Atualmente, cerca de 400 roedores, entre ratos e camundongos, são utilizados apenas no Instituto de Ciências da Saúde da universidade. Entre as normas previstas estão período de quarentena, salas climatizadas e com diferentes níveis de contaminação, além de terem pisos e paredes de materiais laváveis.
O prazo para adequação virou preocupação em março deste ano, quando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) determinou que as universidades brasileiras cumprissem as normas e se credenciassem novamente para realizar testes em até seis meses.
A partir da publicação da portaria, reuniões foram conduzidas pela UFBA, mas nenhuma medida efetiva foi tomada. Uma planta chegou a ser elaborada para a criação de um novo biotério, mas as obras não foram iniciadas.
No dia 12 de maio, uma carta enviada pela Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) ao MCTI pediu a prorrogação do prazo. Até então o ministério não se pronunciou sobre o assunto.
Os animais são essenciais para as pesquisas que estudam doenças como Parkinson, hipertensão, disfunção erétil, entre outras. O Farol da Bahia buscou a UFBA para tratar sobre o assunto e aguarda retorno.