Um dos carros envolvidos no atentado ao ônibus do Bahia pertence ao presidente da Bamor
Half Silva foi conduzido a delegacia nesta sexta-feria (25)
Foto: Reprodução
Os carros envolvidos no atentado ao ônibus do Bahia, na noite da última quinta-feira (24), pertencem a membros da torcida organizada Bamor. De acordo com o tenente-coronel do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), Elbert Vinhático, um dos veículos pertence ao presidente da organização, Half Silva.
“Eles premeditaram todo o ato, houve um planejamento. Eles chegaram cedo, cerca de 1h antes da passagem do ônibus, e ficaram olhando todo o ambiente. A partir disso, assim que o ônibus passou, eles arremessaram os objetos. Então, não foi por acaso. Houve todo um planejamento para essa ação, mas a polícia conseguiu chegar ao proprietário que estava com a posse de um dos veículos”, disse Vinhático.
“O primeiro pertence ao presidente da Bamor e o segundo era de um integrante. Nós localizamos o veículo e, consequentemente, trouxemos ele [Hal Silva] para a delegacia com objetivo de que ele esclarecesse e falasse o porquê de o veículo que está na posse dele estar envolvido em uma situação extremamente grave”, completou.
Ainda de acordo com Elbert Vinhático, Half Silva reconhece que o veículo é dele. No entanto, nega que estava no carro no momento do crime. “Isso é alegação dele. Agora, nós esperamos que os outros envolvidos se apresentem. Nós entendemos também que o presidente [Half] vai informar com quem estava o veículo", afirmou o tenente-coronel.
Imagens de câmeras de segurança divulgadas nesta tarde mostram o momento da ação. É possível ver dois carros, além de seis pessoas em ação e o motorista de um dos veículos. O veículo tricolor foi atingido por artefatos explosivos quando se dirigia à Arena Fonte Nova para o jogo contra o Sampaio Corrêa. O goleiro Danilo Fernandes foi ferido no rosto e levado a um hospital de Salvador, onde segue em observação e vai passar por exames oftalmológicos.
Ainda de acordo com o tenente-coronel Elbert Vinhático, não foi possível perseguir os suspeitos no momento porque a equipe priorizou acompanhar o ônibus do Bahia para garantir a segurança dos jogadores em caso de um novo ataque.