Uma pessoa LGBTQIAPN+ foi assassinada a cada 32 horas em 2022
Dia Internacional de Combate à Homofobia, Transfobia e Bifobia alerta para essa realidade
Foto: Pexels
O Dia Internacional de Combate à Homofobia, Transfobia e Bifobia, celebrado nesta quarta-feira (17), alerta para o alto índice de crimes contra a comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil. Segundo um recente dossiê sobre o tema, uma pessoa LGBTQIAPN+ foi assassinada a cada 32 horas em 2022.
O documento calcula ainda que, entre janeiro e dezembro do ano passado, 273 pessoas com identidades de gênero e sexualidades dissidentes morreram de forma violenta, mantendo o Brasil como o que mais mata pessoas LGBTQIAPN+ no mundo.
Confira o índice de mortes 2022:
-Travestis e mulheres trans: 159 (58,24%)
-Gays: 96 (35,16%)
-Homens trans e pessoas transmasculinas: 8 (2,93%)
-Mulheres lésbicas: 8 (2,93%)
-Pessoa não binária: 1 (0,37%)
-Outros segmentos: 1 (0,37%)
Segundo o levantamento, o Ceará é o estado com o maior número de vítimas, com 34 mortes; seguido por São Paulo, com 28 mortes; e Pernambuco, com 19 mortes. Considerando a faixa etária, o dossiê aponta que as principais vítimas são jovens entre 20 e 29 anos (33,33% dos casos).
O dossiê também apresenta resultados parciais deste ano e revela que, entre janeiro e abril, foram contabilizadas 80 mortes de pessoas LGBTQIAPN+. Deste total, a população de travestis e mulheres trans lideram o ranking, com 62,50% dos casos; os gays representam 32,50%; homens trans e mulheres lésbicas alcançaram o mesmo índice, cada um com 2,50% dos casos. Nenhum caso contra pessoas bissexuais foi identificado.