União gastou R$ 847 mil com assessores e motoristas de Lula durante prisão
Assessoria do ex-presidente afirmou que a existência de uma equipe de apoio pessoal é estabelecida pela legislação
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Foto: Reprodução / Veja
Enquanto estava preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve uma equipe de assessores e motoristas ao custo de pelo menos R$ 847.282,62 pagos pela Presidência da República.
O valor é referente aos gastos entre junho de 2018 e outubro de 2019, segundo dados informados pela Secretaria-Geral da Presidência ao UOL. O salário dos auxiliares de ex-presidentes pode chegar a R$ 13,6 mil cada um — se eles forem militares, como acontece com integrantes da equipe de Lula, recebem remuneração extra por causa da função comissionada.
Todo ex-chefe de Estado brasileiro tem direito, por lei, a uma equipe de oito pessoas, escolhidas por livre nomeação, paga com o orçamento da Presidência de forma vitalícia:
4 servidores para "segurança e apoio pessoal"
2 servidores para assessoramento
2 motoristas para os respectivos carros oficiais
Questionada pela reportagem, a assessoria de Lula afirmou que a existência de uma equipe de apoio pessoal é estabelecida pela legislação. "Não é o ex-presidente que define isso, que está estabelecido por lei e vale para todos os ex-presidentes", disse a assessoria.
Não houve esclarecimento, porém, sobre que atividades os assessores, seguranças e motoristas desempenharam enquanto Lula estava na cadeia.