Universidade brasileira detecta duas novas variantes Ômicron do novo coronavírus
As novas variantes podem ser mais transmissíveis, aponta pesquisa da UFRN
Foto: Reprodução/Unsplash
Dois novos tipos de variantes Ômicron do coronavírus foram detectados pelo Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A descoberta foi feita por meio de coletas realizadas em maio, na cidade de Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan.
O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas das unidades de saúde de Natal e pelo IMT. As variantes detectadas são: Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like), e indicam ser mais transmissíveis, por causa do aumento no número de pessoas infectadas com a Covid-19 nas últimas semanas.
Ômicron não deve causar 'Covid longa'
Um estudo da universidade britânica King’s College London apontou que a variante Ômicron do coronavírus tem menor chance de causar a chamada 'Covid longa', quando os sintomas da doença permanecem por um longo tempo, ao contrário da Delta.
Os dados utilizados foram de uma plataforma apoiada pelo governo britânico que coleta informações sobre as pessoas que contrairama doença. Segundo o estudo, os casos de “covid longa” foram de 20% a 50% menores durante a onda da ômicron em relação a da variante delta.
De acordo com a pesquisa, 4,5% das 56.003 pessoas participantes que contraíram covid durante o pico da ômicron, de dezembro de 2021 a março de 2022, relataram terem sintomas por semanas ou até meses. No surto da variante delta, de junho a novembro de 2021, 10,8% dos 41.361 participantes tiveram “covid longa”.
As informações acima são apenas de pessoas vacinadas contra a Covid-19. Não houve dados suficientes para realizar a comparação entre os não vacinados.