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USP desenvolve biossensor que identifica câncer de próstata em 1 hora

Equipamento pode levar alguns anos para chegar ao mercado

Por Da Redação
Ás

USP desenvolve biossensor que identifica câncer de próstata em 1 hora

Foto: Reprodução / Wilson Aiello/EPTV

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Hospital de Amor de Barretos (SP), desenvolveram um biossensor capaz de identificar o câncer de próstata e também descobrir se a pessoa tem predisposição a desenvolver a doença em apenas uma hora.

A tecnologia tem baixo custo – cerca de R$ 4 por teste – e é menos invasiva que os exames disponíveis atualmente. Segundo o Instituto, ela ainda está em processo de patente e pode levar alguns anos para chegar ao mercado.

Inovação
O novo biossensor é uma lâmina que tem uma camada de ouro, nanotubos de carbono, quitosana e um pó extraído da casca do camarão.

Durante o exame, o pesquisador deposita as células do paciente, que podem ser coletadas da urina ou do sangue, na lâmina. Em seguida, o sensor é colocado no equipamento em que é feita a análise.

De acordo com o professor do IFSC Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, um dos diferenciais do biossensor é que o resultado do exame fica pronto em apenas uma hora. Além disso, ele garante que o resultado é mais específico e pode eliminar outros procedimentos.

Para testar a eficiência do biossensor, o IFSC mantém uma amostragem de 50 pacientes que têm a doença. Em todos os casos o novo método mostrou eficiência.

Vantagens
De acordo com a pesquisadora Juliana Coatrini Soares, que participou da criação do método, outra vantagem do biossensor é a capacidade em diagnosticar a predisposição e os vários estágios do câncer.
Além disso, o custo do procedimento também é muito inferior ao dos exames que hoje estão no mercado.

“O custo estimado de R$ 4 a R$ 5 por teste, o que é muito mais barato que os testes convencionais. Hoje pode ser aplicado inicialmente na cadeia de exames para detecção do câncer de próstata”, disse o pesquisador Andrey Coatrini Soares.

Tranquilidade
Nesse ano, o professor José Miguel Aguilera precisou fazer os exames de próstata e recebeu o resultado com as alterações.

Seguindo os procedimentos tradicionais, ele foi encaminhado para uma biópsia para diagnosticar um possível câncer.

“Se fosse com o novo teste, além de economizar seria mais rápido, eu já ficaria menos apreensivo e saberia se eu teria câncer no futuro, para que eu pudesse me cuidar mais”, disse.
 

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