''Vai ser muito mais difícil me matar do que foi com meu irmão e minha mãe'', diz filho de líder quilombola assassinada na Bahia
Jurandir Wellington afirma ainda que não tem nenhuma pretensão política
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O filho de Maria Bernadete Pacífico conhecida como ''Mãe Bernadete'', Jurandir Wellington, afirmou em entrevista nesta segunda-feira (18) que acredita que será muito ''mais difícil'' matá-lo, do que foi com sua mãe e seu irmão, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, o ''Binho do Quilombo''.
''Amanhã faz 6 anos que meu irmão foi assassinado. Infelizmente eu sou uma pessoa sem irmão e sem mãe, mas vai ser muito mais difícil me matar do que foi para matar meu irmão e minha mãe. Vou ser muito mais precavido'', afirmou.
Quando questionado se tem pretensão de seguir carreira política, Jurandir afirmou que apenas deseja seguir o legado da mãe.
''Não tenho nenhuma pretensão política, quero continuar o legado da minha mãe e mudar a história dos quilombos''.
Mãe Bernadete foi assassinada com 20 tiros no dia 17 de agosto deste ano, enquanto estava sentada no sofá assistindo TV com dois netos e outras duas crianças. Dois homens entraram na casa, colocaram as crianças no quarto, e executaram a líder quilombola.
Já o filho foi morto em 2017, atingido por vários disparos de arma de fogo enquanto estava dentro de um carro. Um homem suspeito de participar do crime chegou a ser preso três meses após o fato, mas negou a participação no crime e teve a prisão temporária expedida.