Valdemar gerenciou diálogo por relatório contra urnas, afirma defesa de réu do núcleo 4 da trama golpista
Advogado do presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Rocha, afirmou que o presidente do PL transformou o Brasil "em um inferno"

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O advogado Melillo Dinis, que representa o presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Cesar Rocha, réu do núcleo 4 na ação da trama golpista, acusou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de gerenciar o diálogo pelo relatório contra as urnas eletrônicas em 2022. A declaração foi realizada nesta terça-feira (14).
"Valdemar Costa Neto, e eu acho que isso é importante, era quem gerenciava todo tipo de diálogo, inclusive com a imprensa, com os candidatos, com a chapa perdedora que, inconformada, transformou esse país em um inferno e que a gente ainda vai ter que fazer alguns exorcismos", afirmou Dinis.
Em 2022, o IVL foi contratado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para conduzir investigações sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas e embasar críticas aos resultados da eleição presidencial. No entanto, o relatório desenvolvido não apresentou nenhuma evidência de fraude.
Nesta terça-feira, Melillo Dinis argumentou pela inocência do presidente do IVL, afirmando que ele jamais divulgou ou publicizou o documento desenvolvido. Segundo o advogado, apenas Valdemar teria divulgado o relatório.
Em depoimento ao STF, em julho deste ano, enquanto testemunha de defesa de Carlos Rocha, Valdemar Costa Neto admitiu ter divulgado informações questionando a integridade das urnas eletrônicas contra a sua vontade.
*Com informações da CNN