Economia

Valor médio da cesta básica aumentou até 4,5% em janeiro, aponta pesquisa

Índices mais elevados são em Belo Horizonte (4,5%), Curitiba (3,9%) e Salvador (1,8%)

Por Da Redação
Ás

Valor médio da cesta básica aumentou até 4,5% em janeiro, aponta pesquisa

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Segundo dados da plataforma Cesta de Consumo Horus & FGV Ibre, recém-lançada, o valor médio da cesta de consumo básica de alimentos apresentou um aumento de até 4,5% em janeiro em relação ao mês anterior. O aumento foi registrado em sete das oito capitais analisadas.

Dentre os estados que registraram as maiores altas estão Belo Horizonte (4,5%), Curitiba (3,9%) e Salvador (1,8%). Já Fortaleza apresentou leve retração de 0,4% no valor total da cesta básica, enquanto Brasília ficou praticamente estável em relação ao mês anterior (0,1%). 

Os produtos que mais contribuíram para o aumento do valor da cesta básica de Belo Horizonte foram legumes (20,3%), carne bovina (6,8%) e frutas (6,1%). Em Fortaleza a redução deveu-se à queda no preço de produtos como carne bovina (-6,2%), Ovos (-3,0%) e Pão (-1,8%). 

Em valor, a cesta básica do Rio de Janeiro foi a mais cara, custando R$ 818,10, seguida pelas de São Paulo (R$ 776,12) e Fortaleza (R$ 690,59). Já as capitais Belo Horizonte (R$ 544,01), Manaus (R$ 588,87) e Brasília (R$ 634,12) registraram os menores valores. 

 Tabela 1 – Valores da Cesta de Consumo básica por capital em Janeiro/22

 

Entre os grupos de produtos que apresentaram aumento de preço mais expressivo na cesta básica estão os legumes (representados por batata, cebola e cenoura), seguidos de carne bovina, café e farinha de mandioca. 

Os legumes continuam seguindo a trajetória de alta, com elevação de preços em 7 das 8 cidades, pressionados pelo aumento de preço da batata e da cebola, devido aos impactos sofridos pelas colheitas. 

Já a alta no preço da carne bovina tende a ser reflexo do aumento da demanda das festas de fim de ano, assim como o término do embargo das exportações de carne bovina brasileira. A escassez hídrica do ano passado também vem contribuindo para o aumento do preço da carne, tendo prejudicado as lavouras de milho e soja e pastagens, usadas na alimentação do gado. 

Devido à quebra de safras e consequente redução da oferta no mercado, em razão dos problemas climáticos, o café. também tem apresentado um aumento expressivo. Juntamente ao aumento dos preços internacionais e a valorização do dólar, que incentiva a exportação e empurra ainda mais para cima os preços no mercado interno. 

 Tabela 2 – Produtos com mais altas de preços médios da cesta de consumo básica em Janeiro/22

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