Variantes da COVID-19, identificadas em diversos países, estão levantando preocupações devido a mutações na proteína Spike
Autoridades de saúde monitoram a disseminação dessas variantes
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A variante Eris (EG.5) do vírus SARS-CoV-2, identificada em 51 países e já dominante em locais como Estados Unidos e Japão, está causando preocupações devido às suas mutações na proteína Spike. Essas mutações podem levar a um escape imunológico, afetando a eficácia dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo corpo humano para combater o vírus. A proteína Spike é uma parte essencial do vírus relacionada à sua capacidade de infectar células humanas.
Embora a EG.5 não tenha demonstrado, até o momento, alterações na gravidade da doença em pessoas infectadas, há temores de que sua rápida disseminação possa resultar em um aumento no número de casos. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia o risco à saúde pública como baixo em nível global, semelhante a outras variantes atuais de interesse.
A subvariante BA.6, também originada da ômicron, foi identificada em Israel e na Dinamarca. Esta cepa tem chamado a atenção devido às suas 30 mutações na proteína Spike. Essas alterações podem potencialmente contribuir para o escape imunológico e levantam preocupações sobre a eficácia das medidas de controle e das vacinas existentes contra o vírus.
Ainda não se sabe ao certo se a variante BA.6 se espalhará mais facilmente do que as variantes anteriores ou se seu impacto será mais limitado. As mutações contínuas do vírus têm gerado incertezas quanto ao comportamento e às características das novas variantes.