Vazão da água perto das quedas do Rio Iguaçu foi de 308 mil litros por segundo, diz Copel
Foi o menor índice de 2021
Foto: BBC News Brasil
Quem visitou o rio Iguaçu nos últimos dias, percebeu que ele parecia um "imirim" (rio pequeno, no idioma Tupi). De acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a vazão da água perto das quedas foi de 308 mil litros por segundo, ou um quinto do fluxo normal, nos dias 9 e 10 de junho. Foi o menor índice de 2021.
É o segundo ano seguido em que a atração, reconhecida como patrimônio natural da humanidade pela Unesco, fica irreconhecível. Em abril do ano passado, a vazão nas quedas foi ainda menor que a atual, chegando a 259 mil litros por segundo.
Meteorologistas atribuem o baixo fluxo à falta de chuvas no Paraná, Estado onde ficam as nascentes do Iguaçu e que é atravessado por ele até sua foz, em Foz do Iguaçu, onde ele deságua no rio Paraná.
Segundo o MapBiomas, plataforma que monitora o uso do solo no Brasil, entre 1985 e 2019, a região da bacia do Iguaçu perdeu 21,3% de sua vegetação nativa, formada principalmente pela Mata Atlântica. A sub-bacia que abarca as cabeceiras do rio, nos arredores de Curitiba, resta hoje apenas 7,2% da vegetação original.
Em todo o Brasil, a Mata Atlântica já perdeu 87,6% de sua cobertura original.