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Veja o que foi destaque no primeiro dia de COP30 e tendências para os próximos dias

Apesar do destravamento da agenda, considerado como raro no histórico das COPs, número de países que apresentaram Contribuições Nacionalmente Definidas (NDCs) ainda está baixo

Por Da Redação
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Veja o que foi destaque no primeiro dia de COP30 e tendências para os próximos dias

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

A  Conferência das Partes (COP30) começou e tem calendário oficial previsto até o dia 21 com a presença de aproximadamente 200 países para discussão de medidas da política climática global. Nesta segunda-feira (10), o destaque foi o 'destravamento da agenda', isto é, a aprovação da agenda oficial das pautas a serem discutidas durante o encontro, algo encarado por especialistas como raro na história da COP. Segundo André Corrêa do Lago, presidente da COP30, o entendimento foi firmado durante o final de semana e viabiliza o início oficial das discussões da conferência; as informações foram divulgadas pela CNN Brasil.

Durante a COP28, houve um avanço ao prever a redução gradual do uso de combustíveis fósseis, no entanto, o texto não especificava a modo a ser feita a transição energética nem os recursos financeiros a serem utilizados pra isso, além de não estabelecer nenhuma meta ou ano para a redução das emissões. A conferência, que aconteceu em 2023 em Dubai, teve um texto considerado vago por especialistas. Já durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão, o texto foi considerado muito ruim por analistas do clima e pode ser considerada como um dos grandes fracassos das COPs, devido à falta de consenso sobre o financiamento climático.  

Considerando esse histórico, a presidência brasileira está buscando ampliar discussões sobre o financiamento, tema que o governo brasileiro buscava ter resolvido no ano passado. As negociações do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund - TFFF), proposta feita pelo governo brasileiro ainda durante a pré-COP deve avançar nos próximos dias. 

Agenda climática na COP

A aprovação da agenda é uma das primeiras etapas de todas as conferências e costuma refletir o nível de cooperação dos países no início das negociações. A aprovação rápida foi vista como um sinal positivo para os próximos dias. De acordo com a diretora da COP30, Ana Toni, a agenda tem 145 tópicos que serão debatidos ao longo das duas semanas de conferência. Cada texto e proposta é analisado detalhadamente e pequenas mudanças podem redefinir compromissos inteiros.

As pautas prioritárias incluem temas como

  • transição energética;
  • financiamento climático
  • metas globais de adaptação.

No entanto, o número de países que apresentaram Contribuições Nacionalmente Definidas (NDCs) ainda está baixo. As NDCs são as metas oficiais dos países para redução de emissões. Nas últimas quatro COPs, mais de 190 países apresentaram suas metas, comparado à 109 países até este domingo (9).  

"Temos de ter uma esperança enorme que a COP30 seja tão importante quanto a COP que fechou o Acordo de Paris. É uma preocupação se o número de países que apresentaram NDC não chegar a 190", comentou Carlos Nobre, professor da cátedra clima e sustentabilidade e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O ministro das Cidades Jader Filho, declarou nesta segunda (10) à CNN Brasil, que o governo brasileiro deve reformular, ainda durante a conferência, o fundo criado para socorrer o Rio Grande do Sul durante as enchentes de 2024, o FIRECE (Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos).  A ideia é reforçar os financiamentos à projetos de prevenção a fenômenos climáticos. O governo federal deve tentar, nos próximos dias, atrair recursos privados e de outros países para a iniciativa.

“Estamos estruturando essa nova modalidade de apoio aos municípios pequenos e médios de todo o Brasil, pelo Firece, para a elaboração de projetos de adaptação climática. Vimos que muitos municípios, sobretudo os pequenos, encontram dificuldade em elaborar projetos para adaptação climática. Por isso, essa ação”, completou.
 

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