Veja reação de políticos de esquerda ao voto de Fux no julgamento de Bolsonaro

Ministro divergiu de colegas e é acusado de 'ajudar' defesa do ex-presidente

Por Da Redação
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Veja reação de políticos de esquerda ao voto de Fux no julgamento de Bolsonaro

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da chamada trama golpista mobilizou opiniões contrárias e a favor no meio político. Fux divergiu dos colegas ao considerar a Suprema Corte incompetente para analisar o processo, além de afirmar que a existência de um plano golpista não é suficiente para caracterizar organização criminosa.

Parlamentares ligados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticaram o voto do ministro. Vice-líder de Lula na Câmara dos Deputados, o deputado Rogério Correia (PT-MG) pontuou o que, segundo ele, tratam-se de incoerências no discurso de Fux. Além disso, o parlamentar acusou o magistrado de tentar ajudar Bolsonaro.

O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) avaliou o voto do ministro como vencido. “Até o momento, Fux vai carimbando o passaporte para poder passar as férias na Disney e encontrar o Pateta. O ‘In Fux we trust’, presente em uma conversa entre juiz e promotor durante a Lava Jato, agora é reproduzido pelos defensores dos golpistas. Será voto vencido”, publicou em suas redes.

A deputada Erika Hilton (PSol-SP) acusou o ministro de colaborar com a defesa de Bolsonaro. “O voto de Fux, com dezenas de contradições, vem 100% alinhado com o que pediu a defesa do inelegível. De repente, um ministro que votou em todas as condenações da tentativa de golpe de Estado agora alega que o STF e a 1ª Turma sequer podem julgar este caso”, criticou a parlamentar.

Apesar do voto de Fux, a Suprema Corte tende a formar maioria para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos aliados por envolvimento na trama golpista. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação dos réus, e a expectativa é de que Carmem Lucia e Cristiano Zanin sigam na mesma linha. Pode haver, contudo, determinação de penas diferentes.

 

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