Veja vídeo: Pacientes do Hospital Aristides Maltez correm risco de contaminação pela covid-19 por conta de enormes filas
Risco de contágio aumenta pois são pacientes oncológicos, pertencentes ao grupo de risco
Foto: Farol da Bahia
Depois de receber denúncias de que pacientes oncológicos ficavam muitas horas na fila para aguardar atendimento no Hospital Aristides Maltez, o Farol da Bahia foi até lá fazer a checagem das informações. Ao chegar no local, às 4h, da madrugada desta quinta-feira (16), o repórter confirmou a enorme fila de pessoas de Salvador e de outros municípios que estão fazendo ou precisando fazer tratamentos oncológicos e por falta de opção, são obrigados a enfrentam as filas sem saber ao menos se serão atendidas.
O jornalista que esteve no local, ainda recebeu informação dos pacientes que diversos médicos do hospital não estão atendendo por motivos pessoais. Uma dessas pacientes, uma senhora que não quis se identificar e foi ouvida na fila, afirmou que já era a terceira vez que ela precisou sair da cidade em que morava para tentar atendimento no Aristides Maltez. Ela ainda contou que a informação de que haveria poucos médicos foi dada pelos próprios funcionários do hospital, nesta quinta-feira, o que a deixou muito triste e desesperançosa porque mais uma vez possivelmente não vai conseguir atendimento.
Procurada, a assessoria do Hospital Aristides Maltez informou que a marcação de consultas e exames é realizada exclusivamente pelo site e que o atendimento se inicia a partir das 7h da manhã. Informou ainda que o problema dessas aglomerações na porta do hospital, é causado porque as prefeituras baianas colocam os pacientes em vans e ambulâncias e os enviam para Salvador, deixando-os nas portas do Aristides e de outros hospitais da capital.
A assessoria não informou quais eram essas prefeituras. Foi ainda dito que a redução de profissionais se deu porque alguns precisaram ser afastados por fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus (Covid-19), estes seriam médicos com comorbidades, acima de 60 anos, ou médicas grávidas, mas que nenhuma especialidade estava sem atendimento. Em uma nota escrita pela diretoria enviada para o Farol da Bahia, não foi explicado o porquê não são tomadas providências para que se evite possibilidades de contágio nas filas formadas pela manhã. O jornalista que lá esteve testemunhou pessoas tossindo, alguns sem máscaras, e que durante a entrada no hospital a aglomeração e a proximidade entre os pacientes é muito grande.
Veja o vídeo: