Vendas no Dia das Mães devem ser 20% menores do que no período pré-pandemia, diz pesquisa
Procura maior será para os setores de calçados e vestuários
Foto: Agência Brasil
Com o impacto da crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 e as restrições das atividades comerciais em muitos estados, as vendas para o Dia das Mães deste ano devem sofrer uma queda de 20% em comparação com o período de pré-pandemia, em 2019, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP).
Esse impacto já é sentido naqueles que gostariam de presentear as mães, como a estudante Talita Souza, que contou ao Farol da Bahia que vai evitar ir ao shopping para comprar presentes por causa do receio de ser infectada. Para contornar a situação, a estudante disse que vai apostar nos pedidos pela internet.
"Todo ano eu costumo presentear a minha mãe com algumas lembranças. Antes da pandemia, eu e minha mãe íamos no shopping e ela escolhia algum presente. Só que desde o início da pandemia eu tenho ficado em casa e só saio para coisas essenciais: mercadinho, farmácia ou consultas [...] Para ela não ficar sem presente, eu vou pedir pela internet mesmo e fazer uma surpresa, é o mínimo que posso fazer", disse Talita.
Em contrapartida, o psicólogo Gabriel Conceição contou que aproveitou algumas promoções no shopping e comprou roupas para presentear a mãe.
"Preferi ir presencialmente no shopping e comprar porque muitas vezes as roupas não são do jeito que parecem ser pela internet. Fui em algumas lojas que já tinha pesquisado nos sites e acredito que fiz a melhor escolha. Espero que minha mãe goste", brincou Gabriel.
O levantamento da ALSHOP mostra que, inclusive, os itens como vestuário, cosméticos, calçados e perfumaria serão as apostas para as vendas deste ano. Por outro lado, os artigos de informática, eletrodomésticos, e de cama, mesa e banho, não terão tanta procura por causa dos altos preços, influenciados pelo valor do dólar.
A Associação também cita que muitos dos impactos econômicos, como o crescimento da inflação e desemprego, serão fatores que vão diminuir o nível de consumo, o que, consequentemente, terá menor patamar em relação aos dados anteriores à pandemia.
