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Venezuela denuncia como "prática criminal" e "pirataria" o confisco do avião de Nicolás Maduro

Os Estados Unidos justificam que a aeronave violava sanções do país

Por Da Redação
Ás

Venezuela denuncia como "prática criminal" e "pirataria" o confisco do avião de Nicolás Maduro

Foto: Brasília Spotter

O governo venezuelano acusou os Estados Unidos de "prática criminal" e de "pirataria" após apreender o avião do presidente venezuelano nesta segunda-feira (2). A justificativa é que a aeronave violava sanções do país. 

Esse é o acontecimento mais recente de desentendimento entre os EUA e a Venezuela. Em entrevista à CNN, uma das autoridades americanas afirmou que “A apreensão de um avião de chefe de Estado estrangeiro é inédita em matéria penal." O avião é avaliado em aproximadamente US$ 13 milhões. 

O governo de Nicolás Maduro emitiu uma nota em repúdio ao caso. “A República Bolivariana da Venezuela denuncia perante a comunidade internacional que, mais uma vez, as autoridades dos Estados Unidos da América, numa reincidência de prática criminosa que não pode ser classificada como outra coisa senão pirataria."

A aeronave passou os últimos meses na República Dominicana e posteriormente chegou aos Estados Unidos. "Os Estados Unidos já demonstraram que utilizam seu poder econômico e militar para intimidar e pressionar Estados como a República Dominicana para servirem como cúmplices de seus atos criminosos.", continuou. 

A nota também reafirma que esta não teria sido uma ação isolada dos EUA contra o Governo Bolivariano da Venezuela. O texto também reforça a soberania do país e as eleições ocorridas em 28 de julho que, contrariando a comunidade internacional, Maduro caracteriza como 'vontade da maioria do povo'.

Leia a nota na íntegra: 

“A República Bolivariana da Venezuela denuncia perante a comunidade internacional que, mais uma vez, as autoridades dos Estados Unidos da América, numa reincidência de prática criminosa que não pode ser classificada como outra coisa senão pirataria, confiscou ilegalmente uma aeronave que estava sendo utilizada pelo Presidente da República, justificado pela medidas coercivas que impõem unilateral e ilegalmente ao redor do mundo.

Esta ação revela que nenhum Estado e nenhum governo constitucional estão a salvo de ações ilegais que ignoram o direito internacional.

Os Estados Unidos já demonstraram que utilizam seu poder econômico e militar para intimidar e pressionar Estados como a República Dominicana para servirem como cúmplices de seus atos criminosos.

Este é um exemplo de suposta “ordem baseada em regras”, que, desprezando o direito internacional, procura estabelecer a lei do mais forte, crie regras que se ajustem aos seus interesses e executá-las com total impunidade.

A República Bolivariana da Venezuela reserva-se o direito de tomar qualquer ação legal para reparar esse dano à Nação, bem como todos os outros danos causados ​​pela política criminosa de medidas coercivas unilaterais.

A Venezuela alerta que esta não é uma ação isolada. Pelo contrário, faz parte de uma escalada de ações contra o Governo Bolivariano da Venezuela, reeleito pela vontade da maioria do povo venezuelano no passado dia 28 de julho e que, fiel à sua tradição anti-imperialista e anticolonialista, não se deixará pressionar por qualquer agressão.

A Venezuela se respeita e continua defendendo firmemente a sua dignidade e soberania”.

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