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Venezuela irá soltar mais 177 manifestantes presos depois das eleições

O número total de manifestantes soltos pode chegar a 910

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Venezuela irá soltar mais 177 manifestantes presos depois das eleições

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, afirmou nesta segunda-feira (23) que aproximadamente 177 pessoas presas por protestos depois das eleições presidenciais serão soltas, subindo o número total de manifestantes soltos para 910.

No último mês, Saab comunicou uma série de libertações de pessoas que foram detidas por estar nos protestos depois da eleição de julho.

Grupos de direitos humanos afirmaram que só conseguiram checar algumas das libertações e ao menos três manifestantes morreram sob custódia.

Autoridades eleitorais e a Suprema Corte do país disseram que o presidente Nicolás Maduro ganhou um terceiro mandato, mas a oposição divulgou contagens de urnas que, segundo ela, mostram vitória para seu candidato.

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A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

Os resultados do CNE nunca foram comprovados com a exposição das atas eleitorais que especificam a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua parte, divulgou as atas que afirma ter ganhado dos seus fiscais partidários e que concederiam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, coligado de María Corina Machado, líder opositora que ficou impossibilitada de se candidatar.

O chavismo declara que 80% dos documentos publicados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, porém, não revelam nenhuma ata eleitoral.

O Ministério Público da Venezuela, por sua parte, começou uma investigação contra González pela divulgação das atas, argumentando usurpação de funções do poder eleitoral.

O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a divulgação das atas e terminou abrigado na Espanha no início de setembro, depois de ter um mandado de prisão emitido contra ele.

Vários opositores foram detidos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Apenas após o pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram detidas e 24 morreram, de acordo com organizações de Direitos Humanos.

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