Vereador do PT denúncia casos de assédio moral na Secretaria de Educação do Estado
Suíca teceu críticas ao que chamou de "falta de respeito e planejamento" da SEC
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O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), divulgou uma nota informando que o Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) recebeu denúncias de assédio moral contra funcionários que atuam como terceirizados na Secretária de Educação da Bahia.
Suíca teceu críticas ao que chamou de "falta de respeito e planejamento" da SEC. Ainda segundo o edil, um dos casos que foram identificados se trata de uma mulher que estaria recebendo o horário que vai ficar de plantão 22h do dia anterior, tendo que ir trabalhar no dia seguinte às 8h.
"Isso é um absurdo. E se a pessoa tiver outro compromisso? São trabalhadores terceirizados, devem ser organizados em turnos para cumprir seus horários. Falta respeito e planejamento. Esse setor da pasta do governo estadual precisa de uma auditoria, o governador Rui Costa precisa saber o que acontece lá. Além do mais, há reclamações de outros setores também e do descaso como a gestão trata suas servidoras", frisa Suíca.
O edil petista diz ainda que vai pedir para o Sindilimp-BA atuar no caso e atender essas denúncias. "As pessoas estão com medo de denunciar por causa da perseguição. Uma situação que não conseguimos ter uma abertura de diálogo com a pasta", sintetiza.
Não há informações sobre os cargos que as terceirizadas ocupam. Em uma das denúncias, uma mulher – que preferiu não se identificar – diz não aguentar mais certas atitudes. "Sou da Secretaria de Educação e nós mulheres estamos cansadas do tratamento que temos recebido do responsável do setor. Muita grosseria, cobrança e desrespeito no jeito de tratar. Respeito todas as pessoas, mas ele parece não gostar de mulher e só faz esse tipo de coisa com as mulheres. Mais de uma colega já falou isso e não é possível que ninguém superior veja e chame a atenção dele, nem que seja por causa de ficar favorecendo amigos homens", aponta a denunciante.
"Já pensei várias vezes ir para a imprensa, mas só quem ‘paga o pato’ somos nós, mais fracos e que precisamos trabalhar de Reda, de terceirizado, e acham que a gente merece qualquer coisa. Quero ajuda para essa situação e só consigo pensar em vocês da justiça para isso", aponta trecho de denúncia enviada ao MPT-BA.