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Viagem de 'Dama do Tráfico' financiada pelo governo gera crise

Luciane, esposa do líder do Comando Vermelho no Amazonas, foi condenada em outubro por lavagem de dinheiro

Por Da Redação
Ás

Viagem de 'Dama do Tráfico' financiada pelo governo gera crise

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O governo federal enfrenta uma crise após ter arcado com os custos da viagem e estadia de Luciane Barbosa Farias, conhecida como 'Dama do Tráfico', para um evento do Ministério de Direitos Humanos sobre o combate à tortura. Luciane, esposa do líder do Comando Vermelho no Amazonas, foi condenada em outubro por lavagem de dinheiro para o tráfico, mas aguarda em liberdade o resultado do recurso. As informações são do Portal Metrópoles.

Os registros do painel de viagens do governo revelam que as passagens de ida e volta custaram R$ 4.861,22, enquanto as diárias totalizaram R$ 1.047,85. A escolha de Luciane para o evento, realizada pelo Comitê Estadual de Combate à Tortura do Amazonas, causou desconforto, visto que ela é alvo de investigações por tráfico e lavagem de dinheiro.

O Instituto Liberdade do Amazonas, presidido por Luciane, ingressou no comitê em agosto deste ano, despertando a atenção do Ministério Público, que suspeita do financiamento da organização com recursos provenientes da facção carioca.

As ações de Luciane em Brasília, onde se reuniu com secretários do Ministério da Justiça, geraram uma crise no governo Lula. Apesar de investigada desde 2019, sua participação em órgãos estaduais e reuniões com autoridades não foi impedida.

A investigação aponta para uma rápida evolução patrimonial de Luciane, incluindo aquisição de veículos, apartamento de luxo e outros imóveis, suspeitos de serem financiados pelo tráfico de drogas. Seu marido, conhecido como Tio Patinhas, é considerado um dos traficantes mais perigosos do Amazonas.

Luciane nega vínculos com o Comando Vermelho e está recorrendo da condenação. A falta de conhecimento das autoridades sobre sua relação com o líder do CV levanta questões sobre a transparência na indicação de participantes para eventos governamentais.

O Ministério dos Direitos Humanos afirma que os comitês estaduais de combate à tortura indicaram os participantes do evento, enquanto a presidente do CEPCT-AM, Natividade Maia, afirma desconhecer as investigações e o parentesco de Luciane. Ambas viajaram juntas para o evento na capital do país.

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