Viagem de Lula à China prevê fundo de R$ 20 bilhões e visita à fábrica da Huawei
Convite à Huawei pode causar mal estar no governo de Joe Biden, que suspeita que marca utilize equipamentos para espionagem
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, na próxima semana, terá uma agenda com atividades ambiciosas e que podem gerar mal estar no governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Entre elas a visita à Huawei, considerada um risco de segurança pelas autoridades americanas por suspeita da utilização de equipamentos para espionagem. As informações são do jornal O Globo.
A viagem ao país asiático acontece um mês e meio após Lula visitar os EUA, no início da sua gestão. Esse é um meio de Lula mostrar a importância dos dois países, que são os maiores parceiros comerciais do Brasil.
A visita à Huawei surgiu por um convite da empresa chinesa, de acordo com fontes ligadas a ela no Brasil. Nas últimas semanas, Brasília e Pequim trabalharam juntos para elaborar uma lista que poderia chegar a 30 acordos bilaterais. No entanto, não há detalhes sobre quais serão anunciados.
Fontes brasileiras também disseram ao jornal que o Brasil e a China podem ativar um fundo de financiamento chinês de R$ 20 milhões; o Brasil pode entrar na lista de países prioritários ao turismo do gigante asiático; os dois países selarão um entendimento para desenvolver a sexta geração de satélite sino-brasileiro; e, por iniciativa do governo Lula, poderia haver uma declaração conjunta sobre clima.
O presidente pretende conversar com o chefe de Estado chinês, Xi Jinping, sobre diversos temas, entre eles a guerra na Ucrânia. Fontes afirmam que Lula tem enorme interesse em falar com Xi sobre a criação de um grupo de países que possam contribuir para a busca da paz entre Rússia e Ucrânia.