Vice-presidente da Câmara alega pressão do PL recorre ao TSE
Marcelo Ramos deixou o PL após filiação do presidente Bolsonaro à legenda
Foto: Câmara dos Deputados
Crítico do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD-AM), afirma que tem sofrido pressão do Partido Liberal para deixar o cargo. Devido à situação, ele recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e conseguiu, no fim de abril, uma decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes para se manter no cargo da Mesa Diretora.
Em parecer, no entanto, a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) afirmou que o TSE não deve interferir na caso. Para a PGE, o tribunal não tem competência para analisar a composição de órgãos internos da Câmara. “O parecer, assim, é por que não se admita a petição sobre a qual o Ministério Público foi chamado a se pronunciar neste momento, revogando-se a decisão liminar”, diz a PGE.
Ramos foi filiado ao PL e deixou o partido neste ano, após a chegada de Bolsonaro. Na ação jurídica, ele disse que o PL tenta “influenciar ou coagir o Deputado no seu mister de Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, tolhendo a sua liberdade de atuação”.
