Vídeo: Após motoceata Bolsonaro volta a criticar medidas de isolamento
O presidente e seus apoiadores percorreram cerca de 130km na região metropolitana de São Paulo

Foto: Marcos Camargo / Farol da Bahia
Após a motoceata que percorreu cerca de 130km na região metropolitana de São Paulo fechando vias expressas, o presidente Jair Bolsonaro reuniu os participantes do encontro onde criticou medidos de isolamento e fechamento do comércio por conta da pandemia. O encontro reuniu cerca de 300.000 motocicletas segundo os organizadores com apoio de um efetivo de 6.300 agentes segundo a Polícia Militar. Os ministros Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) compareceram ao ato. O Farol da Bahia acompanhou o ato na capital paulista.
O presidente Jair Bolsonaro discursou em um carro de som para os motociclistas que o acompanharam na carreata ao lado da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, na região sul da cidade. Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento decretadas por governadores e prefeitos e voltou a falar em uma suposta supernotificação de casos de COVID-19. Ainda em reação à pandemia Bolsonaro disse que não pediu a suspensão do uso de máscara ao ministro Marcelo Queiroga (Saúde) mas sim um estudo que mostrasse a viabilidade de uma possível suspensão para vacinados para os que já contraíram a doença.
Bolsonaro falou que o país é um dos mais bem sucedidos no combate à pandemia e o quarto que mais vacina com mais de 102 milhões de doses distribuídas. No entanto voltou a falar do tratamento precoce ainda não comprovado cientificamente. “No ano passado eu com 65 anos fui acometido de covid e tomei hidroxicloroquina. Nunca fiquei sabendo de um militar que toma hidroxicloroquina e azitromicina e morreu. É um medicamento baratíssimo. E eles defendem remédio caro. Não há remédio com comprovação científica mas remédios que não fazem mal algum”, disse.
“Eu sou um dos poucos chefes de estado que fala o que precisa ser falado independente das consequências (…) para a nossa mídia, diferente do que disse a Folha de São Paulo, somos um dos cinco países que mais vai crescer no mundo”, disse. Os manifestantes entoaram frases contrárias ao governador paulista João Doria (PSDB) mas Bolsonaro não citou o nome do adversário no discurso. Para evitar punições do Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro disse que não se tratava de ato político apesar da presença de políticos. “Vim a convite dos organizadores da motoceata e dos grupos evangélicos que organizam este encontro”, disse.
O encontro “Acelera para Cristo” é uma iniciativa de grupos evangélicos e neste ano reuniu motociclistas e também membros de moto-clubes que viajam pelas cidades do estado. Bolsonaro já esteve em outros eventos desse tipo, apesar da pandemia, em cidades como Rio de Janeiro e Brasília.