Vídeo: "As pessoas morrem duas vezes?", diz mulher ao acusar hospital de emitir duas certidões de óbito

Uma mulher denunciou o Hospital Dr. Fernando Serra, no Espirito Santo, por manipular laudo de exame e emitir duas certidões de óbito. Segundo ela, o caso aconteceu com o avô de 98 anos, que tinha ido a unidade por uma infecção de urina e câncer de garganta agravado.

Durante um vídeo vinculado nas redes sociais, ela indaga "Como o hospital faz duas folhas para certidão de óbito? As pessoas morrem duas vezes?". Segundo ela, o hospital impediu de realizar um enterro afirmando que ele teve o coronavírus, no entanto horas antes, a família tinha assassinado uma ficha afirmando que a morte teria sido por "epidemia pulmonar, distúrbio cardiovascular, C.A de faringe" 

A queixa contra o hospital já foi registrada e a denunciante, que não teve o nome revelado, afirmou que vai instaurar um processo. Já que houve falsificação e também pelo constrangimento. 

"A gente pagou particular e deu negativo. Meu avô não estava com covid, logo depois 13 hora da tarde, o hospital disse que ele faleceu e deram uma ficha para fazermos a certidão de óbito. Aqui consta epidemia pulmonar, distúrbio cardiovascular, C.A de faringe, que era o câncer que ele tinha (...) quando estávamos retirando o corpo para velarmos e fazermos um enterro digno, ligaram da Secretaria de Saúde afirmando que não poderia ter velório, pelo fato dele estar com Covid-19. (...) Fui no hospital, e nos deram outro documento que dizia  epidemia pulmonar, distúrbio cardiovascular, C.A de faringe e, dessa vez, colocaram Covid-19. Como o hospital faz duas folhas para certidão de óbito? As pessoas morrem duas vezes?. Eu insisti que iria ter o enterro, ai eles foram lá e colocou 'suspeita de covid' (...) O hospital está querendo arrancar dinheiro das pessoas (...) eu vou abrir um processo contra o hospital, eu já prestei queixa. (...) Eles estão colocando Covid-19 para quem não morreu de Covid-19, abram o olho."

No Espírito Santo, nenhum município está em risco baixo de contaminação pela Covid-19. Toda a Grande Vitória se enquadra no risco extremo de transmissão da doença.