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Vídeo: deputados federais apoiam abertura de inquérito no STF contra Eduardo Bolsonaro: "fugiu do país"

Jorge Solla (PT) e Alice Portugal (PCdoB) concederam entrevistas ao Farol da Bahia e teceram críticas ao colega

Por Da Redação, Stephanie Ferreira
Ás

Atualizado
Vídeo: deputados federais apoiam abertura de inquérito no STF contra Eduardo Bolsonaro: "fugiu do país"

Foto: Farol da Bahia

Os deputados federais baianos Jorge Solla (PT) e Alice Portugal (PCdoB) reagiram à abertura do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em entrevistas ao Farol da Bahia, nesta terça-feira (27), os parlamentares apoiaram a decisão e teceram críticas ao colega.

“Fugiu do país, um covarde, a confissão de culpa foi a fuga dele no Brasil. Ele não tem coragem de enfrentar porque sabe dos crimes que cometeu e sabe do risco de ser condenado e preso. Não é um inquérito contra um deputado licenciado, mas contra um deputado que abusou do espaço parlamentar para cometer crimes”, declarou Jorge Solla.

Alice Portugal também chamou a atenção para a escolha de Eduardo Bolsonaro de se afastar do Brasil e insinuou ligação com a investigação sobre a tentativa de golpe, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu — relação também apontada pela PGR.

“É importante que a nação brasileira olhe para seus representantes. Um deputado, que é um representante popular, se ausenta do país sem justificativa de saúde, de licença sem vencimento a trabalho, ele se ausenta para conspirar, ou talvez quem sabe para fugir dos processos que já estão recaindo sobre ele no objeto da articulação de um pretenso golpe de Estado (...) é um absurdo, o deputado deveria voltar ao seu posto de trabalho, respeitar o concurso público que tem junto à Polícia Federal, porque se não trabalha em nenhum dos dois, ele tem que se afastar”, comentou.

Entenda o inquérito

O pedido da PGR é para que seja apurada uma suposta atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Em março deste ano, Eduardo anunciou licença do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos e, nas palavras dele, "focar em buscar as justas punições a Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal".

A PGR cita postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas pelo deputado. O órgão pediu a tomada de depoimento de Jair Bolsonaro com o objetivo de que ele esclareça os fatos envolvendo o filho, já que ele seria supostamente beneficiado diretamente pelas ações de Eduardo.

Em uma das falas mais incisivas citadas pela PGR, Eduardo afirmou: "Alexandre, a minha meta de vida será fazer você pagar por toda a sua crueldade com pessoas inocentes. Estarei focado integralmente nesse objetivo. Só retornarei quando você estiver devidamente punido pelos seus crimes, pelo seu abuso de autoridade."

O STF decidiu que o ministro Alexandre de Moraes será o relator da investigação. Moraes reiterou o argumento da PGR e afirmou que Jair Bolsonaro é o "responsável financeiro" de Eduardo.

Para a PGR, a conduta de Eduardo Bolsonaro pode configurar crimes como coação no curso do processo e possível obstrução à investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

Em resposta, Eduardo Bolsonaro se referiu a Moraes e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, como psicopatas. "O recado é: seguir esse caminho de psicopatia traz graves consequências. Que Deus abençoe o Brasil, que Deus abençoe a América, nós venceremos", disse.

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