Vídeo: Eduardo Bolsonaro se licencia e diz que fica nos EUA em luta contra Moraes

Eduardo disse que continuará nos EUA para buscar punições contra o ministro do STF Alexandre de Moraes

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Atualizado
Vídeo: Eduardo Bolsonaro se licencia e diz que fica nos EUA em luta contra Moraes

Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que vai se licenciar do mandato de deputado federal e continuar nos Estados Unidos.

Eduardo disse que continuará nos EUA para buscar punições contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. "Aqui, poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem", afirmou em vídeo publicado hoje nas redes sociais. "Minha meta de vida será fazer você pagar por toda a sua crueldade com pessoas inocentes", enfatizou.

Eduardo falou em "regime de exceção" e "truques sujos de Moraes". "Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos.

Assim sendo, da mesma forma que eu assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação, eu abdico temporariamente dele", disse.

Deputado fez consulta ao governo Trump antes de tomar a decisão. O UOL apurou nos EUA que, antes de tomar a decisão, Eduardo Bolsonaro consultou tanto o governo de Donald Trump como sua base aliada no Congresso americano.

Conversas já tinham ocorrido durante sua participação na conferência de movimentos ultraconservadores, a CPAC, em Washington, no mês passado. Na ocasião, o presidente Donald Trump fez questão de citar a presença do brasileiro, numa sinalização interpretada por muitos como um sinal de apoio. Mas, segundo fontes diplomáticas, foram as conversas com a base de Trump que permitiram que o parlamentar licenciado tomasse a decisão.

Do lado do governo brasileiro, a atitude foi recebida como um sinal de alerta de que algo mais enfático por parte do governo americano possa estar sendo trabalhado contra as instituições nacionais. Seja na forma de leis ou mesmo numa atuação para tentar desestabilizar o processo eleitoral de 2026.

Governistas pediram apreensão do passaporte de Eduardo. No dia 27 de fevereiro, quando o filho de Bolsonaro embarcou para os EUA, o deputado Lindbergh Faria (PT-RJ) entrou com uma representação contra Eduardo na PGR (Procuradoria-geral da República), por crimes contra a soberania e as instituições brasileiras cometidos durante sua estadia no país. No documento, Lindbergh diz que Eduardo "patrocina retaliações" contra o Brasil e contra Alexandre de Moraes.

O QUE MAIS DIZ EDUARDO BOLSONARO
Sem provas, o deputado disse que há um plano para prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e assassiná-lo. "Não tenho dúvida que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump caso não tivesse sido reeleito agora em 2024." Não há, no entanto, indícios ou qualquer fato concreto que indique uma estratégia de Moraes ou de integrantes do STF para matar o ex-presidente.

Eduardo disse que Moraes e "cúmplices" usam mandato de deputado como "ferramenta de chantagem". "O que o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, e os seus cúmplices estão tentando fazer é usar justamente o meu mandato como cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção. Como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país."

Parlamentar se referiu a Moraes e "seus cúmplices" como "tiranos" e "psicopatas". Também justificou que se licenciará do mandato para buscar anistia aos crimes do 8 de janeiro, pauta que se tornou prioridade atual do bolsonarismo. Afirmou ainda "Abro mão de cabeça erguida, de toda essa pompa, pra seguir firme na minha missão de trazer justiça para todos os tiranos, violadores de direitos humanos mais básicos. Eu tô falando de vocês, os psicopatas que prenderam mães de família, idosas, trabalhadores e todo tipo de pessoa comum e inocente. Irei abraçar esse sacrifício com entusiasmo.

NOS EUA HÁ MAIS DE 15 DIAS
Eduardo está nos EUA pela quarta vez em 2025. Como mostrou o UOL, ele está no país há desde 27 de fevereiro, sendo esta a estadia mais longa do parlamentar em terras americanas.

Deputado era cotado para assumir Comissão de Relações Exteriores na Câmara. Segundo Eduardo, com o afastamento anunciado hoje, o deputado federal Coronel Zucco (PL-RS) será indicado pelo PL para ocupar o posto. A oposição ao governo Lula vê a comissão como palco para viabilizar articulações pelo fortalecimento da extrema-direita e o apoio à anistia pelos crimes do 8 de janeiro.

Veja vídeo: 

 

 

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