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Vídeo: "Eu não tenho parafuso solto não", diz menino autista em resposta ao presidente Lula

Após a repercussão da declaração, petista pediu desculpas nas redes sociais

Por Da Redação
Ás

Vídeo: "Eu não tenho parafuso solto não", diz menino autista em resposta ao presidente Lula

Foto: Reprodução

Após o presidente Lula dizer que pessoas com transtornos mentais têm "problema de desequilíbrio de parafuso", um vídeo de uma criança autista circula na internet em resposta ao petista. O garoto afirma que não tem parafuso solto e que entende o mundo de forma diferente. 

“Eu não tenho problema de parafuso. Eu sou autista. Mas, isso não significa que eu sou doente ou que eu tenho probleminha. Eu nasci assim, isso faz parte de quem eu sou. Às vezes pode ser difícil para mim entender as coisas. Mas isso não quer dizer que eu tenho parafuso solto”, diz Leonardo de 8 anos.

“Eu sou uma pessoa única e especial do jeitinho que eu sou. Eu entendo o mundo de uma maneira diferente. É apenas uma característica que faz parte de mim. Ser autista é apenas uma parte do que sou. Isso é algo para se orgulhar. Por isso eu não tenho problema de parafuso”, finaliza. 

Com a repercussão, o presidente publicou em suas redes sociais um pedido de desculpa, no dia 22. No texto ele fala do acordo com o governo de Portugal para criação de mecanismos para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência.

"Destaco esse acordo também pois gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada, durante reunião sobre violência nas escolas. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir. É por isso que quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala.”

"Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo. Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade", concluiu.

A declaração considerada preconceituosa foi feita durante o encontro com os chefes dos Três Poderes, além de governadores e prefeitos, para tratar de ações de prevenção à violência nas escolas. 

"Sempre ouvi dizer que a Organização Mundial da Saúde sempre afirmou que a humanidade deve ter mais ou menos 15% de pessoas com problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro, e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, se você pegar 15% disso significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problema de desequilíbrio de parafuso. Pode uma hora acontecer uma desgraça", disse Lula ao falar do atentado à escola estadual Thomazia Montoro. 

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