Vídeo: falta de quórum gera discussão entre deputados em sessão na Alba
Bate-boca foi protagonizado por Zé Raimundo, Samuel Junior e Alan Sanches
Foto: Farol da Bahia
O pequeno expediente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) foi marcado por discussões entre deputados da oposição e situação no início da tarde desta terça-feira (26). Conduzida pelo vice-presidente da Casa, deputado Zé Raimundo Fontes (PT), a sessão iniciou com um pedido de verificação de quórum feito pelo deputado Samuel Junior (Republicanos).
Porém, Zé Raimundo optou por não atender ao pedido e estabeleceu um período de 15 minutos para adiar a sessão. Essa decisão gerou um bate-boca com o parlamentar republicano, que questionou se o estabelecido estava assegurado no regimento interno.
"O tempo de 15 minutos está previsto no regimento. Estou presidindo e achei que essa seria a melhor conduta", afirmou Zé Raimundo.
Em seguida, Samuel questionou: "Vossa Excelência criou uma nova regra? [...] Pode me mostrar onde está isso escrito?".
O líder do governo na Alba, deputado Rosemberg Pinto (PT), apoiou a decisão de Zé Raimundo, argumentando que a Casa havia decidido não fazer pedidos de quórum durante o pequeno expediente.
No entanto, essa afirmação foi contestada pelo líder da bancada de oposição, deputado Alan Sanches (União Brasil), que criticou a ausência de colegas no Plenário e explicou que esse acordo foi quebrado pelo próprio presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD).
"O presidente já quebrou esse acordo. Portanto, não há mais acordo algum. Eu, inclusive, acho um completo absurdo o que tem acontecido com essa Casa. Ontem, tivemos cerca de oito deputados aqui no Plenário. Os outros estavam praticamente em um evento do governo do Estado. Eles estavam todos aqui em Salvador", criticou o líder da oposição.
Segundo Alan, o dia de Plenário precisa ser considerado "sagrado" na Casa e o presidente deve convocar os líderes partidários para discutir essas ausências durante as votações. Se houvesse quórum, os deputados poderiam votar o pedido de empréstimo de R$ 400 milhões feito pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e um projeto de lei que prevê o reajuste dos subsídios de membros do Ministério Público.
Foto: Farol da Bahia/ Painel Plenário
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