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Política

Vídeo: Glauber fala de denúncias contra Arthur Lira e diz que 'não podemos ter um bandido na presidência da Câmara'

Deputado federal também acusa progressista de articular para cassação dele no Conselho de Ética

Por Ane Catarine Lima, Laiz Menezes
Ás

Atualizado
Vídeo: Glauber fala de denúncias contra Arthur Lira e diz que 'não podemos ter um bandido na presidência da Câmara'

Foto: Farol da Bahia | Mario Agra / Câmara dos Deputados

BRASÍLIA — Após uma reportagem da revista Piauí mostrar uma nota fiscal que liga Arthur Lira (PP-AL) a desvios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no caso dos kits de robótica, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou que “não podemos ter um bandido na presidência da Câmara dos Deputados".

Durante conversa com a imprensa nesta quinta-feira (29), o parlamentar também ressaltou que já havia denunciado que Lira não declarou fazendas milionárias à Justiça Eleitoral e está, segundo ele, coagindo presidentes de comissões temáticas da Casa para desviar recursos em prol de benefícios pessoais e políticos.

“Cada dia surge uma nova denúncia contra o senhor Arthur Lira. Pela manhã, falei sobre fazendas não declaradas por ele à Justiça Eleitoral, envolvendo milhões de reais. Agora, surge uma outra matéria mostrando que no escândalo dos kits de robótica tem uma nota fiscal no nome de Arthur Lira”, disse Braga.

“Desvio de recursos do FNDE. Isso é muito grave. Se não fosse o suficiente, ele está manejando bilhões de reais das comissões para interesses próprios. Tem uma denúncia que aponta que ele coagiu e pressionou o presidente da Comissão de Integração para desviar mais de R$ 320 milhões. Isso é muito grave. Não podemos ter um bandido na cadeira de presidente da Câmara”, completou. 

A declaração foi feita um dia após o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do processo que investiga Glauber Braga no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, ter votado pela continuidade das investigações. Um pedido de vista adiou a votação do texto na quarta-feira (28).

Braga, que esperava um relatório favorável ao arquivamento do processo, também voltou a acusar Lira de articular a cassação dele no Conselho de Ética.

“O que ele está fazendo no Conselho de Ética é resultado das denúncias que eu já vinha fazendo. Lira não aceita o contraditório. Ele exerceu influência sobre o relator, que inicialmente era contra minha cassação e as investigações. O relator modifica a posição a partir da intervenção de Arthur Lira. Tenho convicção de que se trata de uma articulação dele”, afirmou o deputado.

“[...] Arthur Lira já havia dito no microfone da presidência que trabalharia para que eu não estivesse mais aqui dentro. É exatamente o que ele está fazendo. Se ele pensava que, com essa ameaça e a abertura do processo no Conselho de Ética, eu iria recuar ou buscar um acordo, estava muito enganado. Não vou deixar de dizer o que já digo há muito tempo”, concluiu. 

Nota fiscal

Informações da revista Piauí, divulgadas nesta quinta (29), revelam que, em 1º de junho do ano passado, agentes da Polícia Federal (PF) encontraram uma agenda repleta de informações contábeis dentro de um carro na Ceilândia, em Brasília.

O veículo pertence a Wanderson de Jesus, motorista do principal assessor de Arthur Lira, Luciano Cavalcante. Ambos estavam sendo investigados por desvio de milhões de reais do FNDE.

Além disso, uma nota fiscal encontrada reforça a ligação de Arthur Lira com a fraude dos kits de robótica. O documento, que registra a compra de um terno de R$ 8 mil em nome do presidente da Câmara, coincide em valor e data com anotações feitas por envolvidos no esquema criminoso.

Assista a declaração: 


 

 

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