Vídeo: Jerônimo nega que recusou projeto para desocupar áreas controladas por facções
Decisão do Governo da bahia foi anunciada para o Ministério da Justiça no final do ano passado

Foto: Farol da Bahia
O governador Jerônimo Rodrigues negou, nesta segunda-feira (5), que o governo da Bahia tenha recusado o projeto-piloto do governo Lula para desocupar áreas ocupadas pelo crime organizado. O governador afirmou que já tinha uma agenda com as forças de segurança, e que foi combinado com o Conselho Nacional para que as ações fossem planejadas.
"Nós não rejeitamos nenhum esforço, parceria do presidente Lula no que diz respeito a qualquer política pública, muito menos nessas áreas mais delicadas de segurança pública, de combate à fome, de educação, de saúde. Mais uma vez, essa informação não aconteceu", afirmou Jerônimo durante uma vistoria nas obras de amplificação e requalificação do Teatro Castro Alves (TCA).
Jerônimo também afirmou que tem apoio da força nacional do extremo-sul por ser uma área federal, e que age em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
"Pelo contrário. Como vocês estão vendo, chegou o apoio da força nacional do extremo-sul, porque é uma área federal. Agente da Polícia Militar e Polícia Civil, atuamos em parceria com a Funai, com o Incra, para que a gente possa respeitar a lei. A gente coloca ali policiais militares, policiais civis, a inteligência para poder atuar", continuou o governador.
O governador disse que concordou com o apoio do Conselho Nacional para montar uma equipe para ajudar com a segurança pública do estado, mas cobrou mais planejamento nas ações.
"Sentei com Lewandowski, 15 dias atrás, e combinei que já existe uma força da polícia federal, da polícia rodoviária federal conosco. O conselho nacional pediu para que nós não abríssemos mão desse apoio, e eu escrevi um documento dizendo que estou de acordo, que pode montar a equipe da força nacional para me ajudar. Não vou rejeitar de forma nenhuma qualquer ação, terá de ser planejada. Não estou abrindo mão do meu lugar de governo da autonomia e soberania do povo da Bahia, isso não, mas não vamos fazer nada que não seja combinado".
Jerônimo ainda afirmou ao Farol da Bahia, que está marcando com o secretário de segurança pública, Marcelo Werner, uma viagem para Brasília com o intuito de resolver o que será feito. Ele ressaltou que é uma região grande e que pegaria um território indígena, por isso, não podem colocar uma portaria.
“É uma região muito grande que pega um território indígena, não dá para a gente colocar portaria em um terreno desse, se não a gente teria que parar toda segurança pública, e assim chegamos. O Marcelo está indo à Brasília, depois eu vou ver se temos algum ajuste adequado sobre isso", finalizou.
Confira mais no vídeo abaixo: