Vídeo: Marido de condenada por 8/1 pede anistia na Câmara dos Deputados: 'arma dela era um celular'
A comissão dos Direitos Humanos discute as prisões dos envolvidos nos atos nesta quinta-feira (29)

Foto: Farol da Bahia
BRASÍLIA - Vestido com uma camisa em que se lia a frase "anistia já", o barbeiro Paulo Henrique, 33, participou da comissão dos Direitos Humanos nesta quinta-feira (29), que teve como tema a prisão de envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023. Sua esposa, Juliana Gonçalves Barros, 34, foi condenada a 17 anos de prisão - o que, para Paulo, é uma incoerência, uma vez que "nunca houve intenção dela" de praticar atos antidemocráticos.
"Está sendo tratada como um bandido, por uma coisa que ela nunca fez. Não é à toa que a arma que ela portava era um celular que eles tanto falam que eles estavam todos armados e não existiu arma nenhuma", disse Paulo Henrique sobre o fato da sua esposa ter filmado e feito live no dia dos atos.
Ao Farol da Bahia, o barbeiro contou que Juliana é blogueira e fazia a divulgação do movimento bolsonarista.
"Eles foram na nossa casa buscar ela no dia 16 de agosto, ela cumpriu 3 meses de detenção na Colmeia, aqui em Brasília, e aí teve a liberação, porque ela estava com prisão preventiva. Ela ficou 1 ano e 4 meses com a tornozeleira em casa, onde ela não teve nenhum furo de horário, das normas da tornozeleira, e agora, em dezembro, saiu a condenação dela de 17 anos por estar nos atos que eles dizem antidemocráticos, foi acusada de financiadora dos atos", destacou.
A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados discute as prisões dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, atendendo a pedido do deputado Hélio Lopes (PL-RJ).
O objetivo foi ouvir familiares sobre as condições das prisões. O parlamentar também propôs o debate sobre a atuação dos órgãos de defesa dos direitos humanos para esclarecer aspectos jurídicos envolvendo as prisões.
Veja o vídeo abaixo: