Vídeo na internet questiona exclusão de milhões caso linguagem binária seja aceita; assista
Em números, aceitação de nova linguagem exclui muito mais do que inclui
Foto: Reprodução
Em um vídeo publicado na plataforma TikTok, uma mulher cita a professora de português e colunista da Forbes, Cintia Chagas, para criticar o uso da linguagem neutra na língua portuguesa, defendendo que a alteração seria prejudicial para pessoas com dislexia, surdas e deficientes visuais. Na gravação, ela chama a mudança de “aberração linguística".
Chagas é autora dos livros Sou péssimo em Português e Um relacionamento sem erros (de Português).
“A linguagem neutra não tem nada de inclusiva. Para incluir 1,2% da população que se considera não-binária, ela exclui mais de 43 milhões de brasileiros. De acordo com a associação brasileira de dislexia, 15% da população brasileira é disléxica, o que seria 32 milhões de pessoas. Pessoas com dislexia têm distúrbio de aprendizado que afeta leitura, soletração e escrita, qualquer alteração na linguagem vai com certeza aumentar a dificuldade dessas pessoas no aprendizado”, afirmou.
Ela cita ainda, o quantitativo de pessoas surdas e cegas no Brasil. “A linguagem neutra também prejudica a leitura labial de pessoas surdas que representam 10,5 milhões de pessoas no Brasil. 6,5 milhões de pessoas no Brasil são deficientes visuais que também serão prejudicados com essa mudança na linguagem em torno do material escrito em braille ou softwares de leitura, fora a alfabetização de crianças cegas”.
Ela conclui afirmando que não tem “nenhum problema” com os não-binário, mas afirma que é uma “aberração linguistica que não acrescenta em nada à nossa sociedade”.
Assista o vídeo: