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Vídeo: preso por suspeita de violência doméstica, advogado João Neto defendeu em entrevista "motivo para homem bater em mulher"

Declaração foi feita em podcast, nove dias antes do baiano ser preso

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Vídeo: preso por suspeita de violência doméstica, advogado João Neto defendeu em entrevista "motivo para homem bater em mulher"

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O advogado baiano João Neto, preso em flagrante por suspeita de violência doméstica contra a companheira, defendeu em entrevista a um podcast a existência de um “motivo para homem bater na mulher”.

"Só tem um motivo para um homem bater numa mulher. Claro que tem: se ela lhe bater. Quem não quer apanhar, não bate. Se a mulher sabe que não aguenta com você, ela vai dar uma tapa na sua cara para quê? Se ela dá um tapa na sua cara, ela está querendo levar outro. É bateu levou", afirmou enquanto arrancava risadas do apresentador.

Advogado João Neto, conhecido por dar dicas jurídicas nas redes sociais, é preso por suspeita de violência doméstica

A declaração foi feita no dia 5 de abril, nove dias antes da prisão, ocorrida na segunda-feira (14), em Maceió. Nesta terça-feira (15), a prisão foi convertida em preventiva. 

Ainda durante a entrevista, João Neto comparou a situação com as ações de Jesus Cristo descritas na bíblia. "Jesus que tomou um tapa na cara e deu o outro lado para bater. Eu não, irmão, eu não tenho essa capacidade de perdoar", disse.

João Neto acumula 2 milhões de seguidores nas redes sociais. Além de advogado criminalista, ele se apresenta como mestre em ciências criminais e é conhecido por postas vídeos dando dicas jurídicas em tom de humor. 

Nas últimas eleições, em 2024, o baiano atuou como advogado do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). 

Expulso da PM e confissão de assassinato

Em uma outra entrevista, João Neto afirmou que foi expulso da Polícia Militar da Bahia por assediar a esposa de um coronel, além de ter confessado que já executou um adolescente.

Em maio de 2024, o advogado disse a um podcast de Salvador que a saída dele da PM ocorreu por chamar uma mulher de “gostosa” durante uma discussão de trânsito.

“Fui expulso porque eu discuti com a mulher no trânsito e chamei ela de gostosa. Era mulher do coronel. Eu discuti com ela no trânsito, parei para abastecer, e ela me seguiu. E eu falei que prenderia ela”, disse.

Poucos minutos depois, João Neto admitiu ter matado duas pessoas, um deles menor de idade e com cinco tiros. “Matei mais dois que tocaram fogo em meu estabelecimento. (...) Matei um garotão de 16 anos, matei na frente de todo mundo, dei cinco tiros nele. Atirou na cabeça do meu funcionário, por azar dele estava no caixa e fui mais rápido”.

Agressão à companheira

Imagens de uma câmera de segurança instalada dentro do prédio mostram o momento em que a vítima sai do apartamento com o queixo ensanguentado, e João Neto a segue com um pano para estancar o sangramento.

Moradores do edifício relataram ter ouvido gritos e sons de agressão, e acionaram a polícia. Equipes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit) informaram que a vítima precisou ser encaminhada a um hospital devido aos ferimentos.

Durante as investigações, os policiais localizaram João Neto nas proximidades do hospital onde a mulher recebeu atendimento. Ele estaria circulando de motocicleta com outra pessoa na garupa.

Os policiais deram voz de prisão ao advogado e o conduziram até a Central de Flagrantes de Alagoas para prestar depoimento. A vítima confirmou que foi agredida pelo advogado e que essa não foi a primeira vez que ele bateu nela.

Por meio de nota, a defesa de João Neto afirmou que está ciente das acusações veiculadas e que os fatos serão devidamente esclarecidos. A defesa reforça ainda que o momento atual não é apropriado para se discutir o mérito do caso. 

Veja vídeo:

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